sábado, 27 de dezembro de 2014

"Melhores amigas"

Estávamos no inicio do namoro e apresentei-o à minha melhor amiga.
Considerava-a como tal há 5 anos, confiava nela cegamente, jamais colocaria a palavra dela em causa. Ela sabia.
Ela também sabia que o meu pai nunca me deixava sair aos domingos de manhã porque era, para ele, dia do "almoço de família".


Ele já me tinha vindo a avisar sobre ela. Todas as vezes que discutimos no inicio do namoro foi por causa dela e nunca me passou pela cabeça colocá-lo a ele, ou ao que ele me dizia sobre ela, à frente dela e quem eu pensava que ela era. "Namorados há muitos, as amigas são para sempre" - pensava eu.
Até ao dia. Até ao dia em que o meu pai concordou deixar-me sair num domingo de manhã.

Estava eu a passar de carro pelo local onde ela trabalhava e recebi uma mensagem:
"Estou a ver o teu namorado com outra rapariga".
Pensei que ela me tivesse visto a passar, pensei que fosse uma brincadeira ou que ela me estivesse a avisar. Pensei responder-lhe "pois viste mas sou eu", no entanto, houve qualquer coisa que me soou estranho na mensagem. Decidi deixá-la continuar com a conversa e perguntei-lhe onde o tinha visto.

Foi então que se sucederam imensas mensagens enquanto ela me relatava que o estava a ver a tomar o pequeno-almoço com uma rapariga numa padaria, que pareciam íntimos, que se beijaram, que tinha a certeza que era ele porque tinha ido à casa-de-banho só para confirmar e que ele se tentara esconder para não ser reconhecido, etc etc etc.

Passámos a manhã nisto.
Dum lado a minha melhor amiga a jurar a pés juntos que o estava a ver com outra, do outro lado (literalmente) estava o meu namorado. Sentado. A conduzir. No primeiro e o único dia em que o meu pai me deixou sair de casa a um domingo de manhã.


Ela sabia que eu confiava na palavra dela. Sabia que eu jamais perdoaria uma traição.
Ela sabia que eu não perdoaria uma traição, sabia que estava a condenar a minha relação, que eu acreditaria sempre mais na palavra dela do que na dele: Ele era meu namorado há uns meses, ela minha melhor amiga há 5 anos.


Esse meu namorado é hoje o meu marido. O pai do meu filho. E a Figueira da Foz será sempre "O" nosso local. Foi graças àquela viagem que hoje estamos juntos, porque eu teria acreditado nela. Eu sei disso e ela também sabia.


Desde então nunca mais consegui chamar ninguém de "melhor amiga (o)" e nunca mais confiei cegamente em ninguém.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014



Tarde e a más horas:

Desejo a todos uma excelente época natalícia e um bom ano novo.



Dêem o que de mais valioso existe: amor
E aproveitem aquilo que realmente é importante: família e amigos.


(um dia destes, quando conseguir parar eu conto-vos a minha vida neste último mês)


Ps: Cara Suri, se ainda andares por aqui, fica um beijinho grande para ti, não sei o que se passou para apagares o blog mas desejo-te tudo de bom.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

De fugida:

Sabemos que estamos realmente cansados e ansiosos quando o nosso marido nos diz que acordou com a nossa pessoa (eu) sentada na cama, às 4 horas da manhã, a falar para alguém usando termos técnicos e científicos.

- Eu não me lembro.



Reparei que quando escrevi o último penúltimo post onde vos falava das moscas a minha grande admiração prendeu-se com o facto de usarem parte do cérebro das mesmas. Nunca na vida imaginei pegar em moscas e lhe estudar o cérebro. Há uma primeira vez para tudo, não é?

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Desabafo das 01:52 h


Alguém me explica onde raio está a noção desta gente que se põem a escrever, apontar, riscar, 
[A CANETA] 
livros emprestados???!



Uma doutoranda do meu curso está a orientar parte dum dos meus trabalhos, uma rapariga do meu grupo achou por bem riscar o livro da senhora. Já não bastavam os sublinhados com caneta fluorescente... não... ainda há aqui literalmente coisas riscadas a caneta. E não são poucas.

Com que cara vamos entregar isto à senhora???

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Update

Não desapareci e também não fugi (ainda).

A agenda começa a abarrotar e volta e meia pergunto-me porque me meto nestas coisas... mas facto é que eu só estou bem assim: ocupada.

De momento estou a desenvolver 8 trabalhos. Um já apresentei, outro apresento esta quinta-feira e o seguinte é na próxima quarta-feira. No entanto, esta é a fase "calma", dentro de um mês estarei com 2 e 3 apresentações por semana já para não falar que, para cada trabalho apresentado, há um trabalho escrito. Um deles é uma revisão sistemática da literatura e esse é o pior deles todos, coisa para ter iniciado com 80 artigos, já só ter 30 para o trabalho e ainda estar a ver muitos que vão ter que ser retirados... basicamente, neste momento tenho 1 (UM!) que tenho a certeza que poderá ser usado. De cada vez que digo à professora que tive de retirar mais artigos ela lá me vai dizendo que é normal, que até é bom sinal... eu cá não acho muita piada ao facto de ter passado mais de metade do semestre e eu ainda não ter conseguido definir uma linha condutora para esse trabalho*. E se estou a rebentar pelas costuras com o stress acumulado a verdade é que a perspectiva dele poder ser publicado anima-me imenso.


*No entanto, já aprendi bastante com as análises aos artigos - por exemplo, não fazia ideia que eram usadas moscas para estudar Parkinson. 

--


Portanto, até já ou até breve.

Não há coisa melhor que ter um filho



"Foi uma ilusão de óptica mas com os ouvidos"



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Por vezes gostava...

... de conseguir viver a vida a pensar somente "temos que aproveitar a vida !"

É algo que não consigo. Sempre pensei no futuro e sempre planeei a minha vida tendo em conta o futuro mas às vezes é uma "seca" ser-se assim. Penso sempre nas consequências de tudo o que faço e do que não faço, penso no como é que as coisas podem influenciar o futuro. 

Se isso é bom para umas coisas é péssima para outras.


sábado, 25 de outubro de 2014

Pânico



Quantas vezes na vida o sentiram?

____

Acordo de manhã. Acordo por mim. Sozinha. Estranho o facto do "ratinho" não me ter vindo acordar, pedir o pequeno-almoço ou alguma coisa do género. (É estranho mas não é inédito). Levanto-me, vou à casa-de-banho e entretanto mando um "bom dia" para o ar. Ninguém responde. (É estranho mas não é inédito). Saio da casa-de-banho e vou à sala: ele não está lá. Estranho o facto de ainda não ter acordado - são perto das 9.30h - dirijo-me ao quarto dele e ele não está na cama. Acredito então que o "ratinho" deve andar na cozinha a roubar bolachas ou alguma coisa boa. Vou à cozinha e não está lá ninguém. Entro de novo no quarto dele, no meu, no outro quarto, vejo na sala e na casa-de-banho... não o encontro. Verifico as portas de entrada do piso de cima - estão trancadas, assim como as janelas - tal como deixei na noite anterior.
Lentamente o medo começa a instalar-se. Penso que ele poderá estar na garagem, a jogar naquela televisão onde está o meu hiper-mega-antigo Super Nintendo que o miúdo adora. Seria estranho ele ir para lá sozinho. (Estranho mas não é inédito). Dirijo-me à porta da garagem e está destrancada. Começo a pensar para mim mesma que sou parva afinal ele só deve estar na garagem. Vou à garagem não vejo ninguém. Verifico todas as portas da garagem e estão trancadas. Entro em desespero, o medo instala-se. Grito: BÉ!!!
Ele não responde.
Revisto a garagem.  Não o encontro.
Lembro-me que pode estar escondido no piso de cima (esconder-se é um hábito dele). Subo as escadas e grito por ele outra vez: silêncio.Verifico todos os seus locais preferidos para se esconder e digo "se te estás a esconder sai agora porque vou chamar a policia! Não tem piada!". Ninguém responde.

Lembro-me que ele pode estar no jardim. Ele nunca foi para o exterior sem me avisar primeiro mas há uma primeira vez para tudo.  Estou no jardim e chamo por ele. Ele não responde.  Volto para dentro de casa, subo as escadas grito mais uma vez por ele: silêncio.
Grito outra vez que se está escondido não tem piada, que tem que sair agora porque vou chamar a polícia.

[Mentalmente vem-me à ideia mil e uma coisas que já li sobre o assunto, mil e um raptos dos quais já ouvi falar, coisas que analisei, coisas que vi. Penso naquele serial killer que entrava em casa de mães que estavam somente com os seus filhos em casa para os matar a eles mas para deixar as mães viver. Lembro-me de dados estúpidos, coisas que não me quero lembrar. Lembro-me de ter dito há já algum tempo que o meu maior medo era que ele fosse raptado agora, com 5 anos, porque ninguém raptava crianças com aquela idade para os adoptar. Só haviam 2 destinos possíveis: escravatura ou para órgãos. E o tipo de escravatura mais "inofensiva" não é aquela para a qual raptam crianças aqui.]

Estou a chorar, desesperada, pego no telemóvel e começo à procura no número da policia, enquanto isso estou a calçar os chinelos para ir a casa do meu vizinho (que é inspector da PJ).
Grito mais uma vez: BÉ!!!

E é então que ouço um "QUÊ?"...grito outra vez... torno a ouvi-lo a responder. Entro na cozinha de rompante, não sei bem qual era o meu aspecto mas assim que ele me vê, assim que olha para mim desata a chorar. Agarro-o. Abraço-o. E choro, ele chora comigo. Depois pergunta-me o que foi e eu explico-lhe, pergunto-lhe onde raio estava (na despensa!) e ele chora comigo.
A m*** da sensação que tinha até então não desapareceu logo, ainda está aqui um bocadinho dela... como se nos arrancassem o coração, a mente, a capacidade de pensar, a capacidade de respirar e ficasse somente o desespero. A adrenalina, o coração aos saltos, o âmago completamente revolto, fiquei mal disposta, enjoada, enojada, com medo.

Eu achava que já tinha sentido pânico. Estava tão enganada.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Saga: "À procura de um carro" #5

Acabou... ou talvez não.
Ah e tal então encontras-te o que querias, não é? ehhhh mais ou menos.

Não sei bem como explicar o que aconteceu. Queria um carro pequeno, queria um carro económico, queria um carro com 5 lugares, entre muitas outras coisas.
O que se manteve desta lista? A parte dos 5 lugares e, apesar de ser económico, é bastante comprido (e largo).

O grande problema no meio disto tudo é que fiquei com 2 carrinhas familiares em casa, grandes e espaçosas que não dão jeito nenhum para estacionar naqueles espaços exíguos.

Algures no meio da procura [acho que recalquei a memória porque juro que não me lembro quando a direcção de procura se alterou] mas continuando, algures no meio da pesquisa o meu marido viu ali uma carrinha exatamente como a nossa mas a custar bem menos que o normal - para além disso com um motor mais económico.  O chamado "achado" ou "oportunidade". O que não percebi muito bem foi como é que me deixei levar pela ideia (sim o negócio foi mesmo bom só que não suprime propriamente as nossas necessidades)  é que agora tenho que levar um "trambolho" para a universidade.
Como é que eu me meti nisto???

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Bipolar


Coloco calções e t-shirts na máquina de lavar, preparo sandálias para o B. e tiro roupa fresca do guarda-roupa para vestir amanhã; aproveito também e dobro os gorros e as camisolas grossas. Isto tudo enquanto tenho o AC ligado porque o calor dentro desta casa não se aguenta.


Se me dissessem à umas semanas atrás que os 30º, sol e "calor de estufa", que não vi durante o verão, se abateria sobre nós em fins de outubro acho que teria rido. Hoje morderia a língua.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ironias da vida



Tive o meu carro assaltado duas vezes.
Da última vez tinha conseguido um bom estacionamento, num local visível, com bastante movimento.

Enquanto me afastava do carro, olhei para trás, olhei bem para ele ali paradinho, completamente exposto e pensei "hoje está tão visível que é impossível que seja outra vez assaltado".

Imaginam o que me esperava no final das aulas??



(imagem da net, que eu não me lembro de tirar fotos a todas as desgraças da minha vida)
Estava mesmo assim , com o vidro todo partido. 



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Insólito: Roubaram-me as costeletas!!!


Era sábado e no Jumbo acumulavam-se umas quantas pessoas na fila de espera para o talho. Não costumo comprar a carne lá mas estava mesmo a precisar de comprar carne para o jantar e não chegaria a casa antes do talho fechar.
Tirei senha, esperei que as 15 pessoas que estavam à minha frente fossem atendidas e quando chegou a minha vez pedi espetadas e costeletas... coloquei as costeletas no carro enquanto pedia o resto da carne. O B. estava sentado no carro e um senhor começou a aproximar-se muito dele e mexeu no carro. A mim pareceu-me que estava a tentar tocar no B. e, por isso, puxei o carro mais para mim e coloquei-me entre o senhor e o B. Qual não o meu espanto quando vejo o senhor a fugir com as minhas costeletas!!!


(o senhor "correu" mais ou menos assim)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Pessoas

Seria suposto encontrar pessoas com grande maturidade... mas alguns parecem criancinhas.

Acho que nunca me conseguirei dar bem com pessoas que gozam com características físicas dos outros. Não sei... é daqueles "turn offs". Eles criticam o aspecto físico dos outros e eu, de imediato, penso que fosse eu mais gorda/feia/magra/baixa/alta/bonita e já não se quereriam dar comigo... pois que quem não se quer dar com pessoas que discriminam assim sou eu. Pronto.

Pelo menos teve a decência de deixar a pessoa com excesso de peso passar antes de sair com comentários como "ele tinha mais mamas que eu"... Não estamos na primária mas pareceu e eu senti-me verdadeiramente envergonhada por aquela pessoa que disse aquilo se encontrar ao meu lado e me ter parecido tão normal até aquele momento. Principalmente porque os comentários se prolongaram durante um tempo considerável e foram completamente despropositados e maldosos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Já foi

Depois de atrasarem a partida, depois de uma formação, depois de lhe darem uma data fizeram o que melhor sabem fazer: mandar todos os planos à fava, telefonar e dizer "é para amanha de manhã" - Isto no dia anterior à noite, bem tarde.

Engraçado que depois de tanto fazer para ele poder ir fiquei com o coração bem pequenino e com uma vontade enorme de o meter debaixo das minhas saias e não o deixar partir.

Boa viagem.
Boa sorte.
Que tudo nesta vida te corra bem e que sejas feliz.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A espera dá cabo de nós

O B. está sempre doente. Sempre. Salvo raras excepções. Será provavelmente a melhor forma para descrever o estado geral de saúde da minha criança.
Para não me perder nos registos das suas doenças e, consequentemente, não perder o registo dos antibióticos que ele tem tomado comecei há mais de ano o registo de medicação que ele teve que tomar.
Em cerca de 22 meses contabilizam-se 15 antibióticos, 2 vacinas orais, 10 anti-histamínicos e nem sei quantos Ben-u-rons e Brufens (o registo é só para os outros). Na sua maioria tomou mais que um antibiótico por mês, alguns no suposto período em que o anterior ainda deveria estar a fazer efeito, os anti-histamínicos não lhe fazem nada e as vacinas orais são coisa que parece entrar e sair no sistema sem que o mesmo se dê conta.

As amígdalas dele estão assim...
...quando ele NÃO está doente.

Quando está doente o espaço parece inexistente (juro que não sei como é que ele respira), as dores de ouvidos são constantes, as febres de 39º, 39,5º e 40ºs são o prato de quase todas as semanas e as faltas à escola é coisa para na melhor das hipóteses ocorrer de mês-a-mês.

Este ano piorou. Um dia destes acordou como nunca o tinha visto: tinha literalmente o pescoço inchado e deformado - parecia que tinha engolido 2 ovos enormes, um de cada lado. Lá fui eu para as consultas de urgência com ele: nenhuma infecção, somente inchaço.
Ontem a febre voltou, 40º, dores de garganta, dores de ouvidos, dores de barriga... no primeiro dia de febre a médica passou-lhe de imediato o antibiótico: "Eu não costumo fazer isto mas já sei que não vai melhorar se não lho passar". E não vai mesmo, sabe-o ela e sei-o eu que acompanhamos isto há uns aninhos.


Estamos há 5 meses à espera de uma carta do hospital para que seja chamado para uma consulta, consulta essa que será o inicio do processo no hospital para que ele seja operado. Supostamente a espera pela carta tem um período médio de 1 ano, depois da primeira consulta pode demorar até 9 meses ele ser operado,ou seja, poderemos ter mais de 1 ano de espera.

Agora andamos à procura de um seguro de saúde que nos permita levá-lo ao privado e acabar com o sofrimento dele e que também o livre de vez da toma constante de antibióticos. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

"Já tenho"

Não sei se o mal é geral mas por aqui o "assédio" de marcas, companhias, seguradoras e bancos é uma coisa demasiado frequente. Depois há o problema de não os podermos ignorar ou até virar as costas por ser falta de educação e dizer-lhes um "não, obrigada" não funciona.

Um dia destes ouvi um senhor responder à menina do Barclays um "já tive problemas com vocês e não quero mais" o R. adorou a ideia e tentou aplicá-la mas devemos ter algum letreiro na testa a pedir para sermos abordados porque, mesmo a tentar fugir (sim, é mesmo fugir) com essa desculpa, a mesma não surtiu o efeito desejado, é que depois de dizer isso, passamos à parte do interrogatório onde a pessoa tenta explicar-nos que com ela será diferente e que agora os sistema é outro. Blablablabla.

Em suma, vim hoje partilhar com vocês a melhor forma de despacharem essas pessoas, sem serem rudes, mal educados ou até tentarem passar por eles "de fininho" a ver se não vos topam. Sabem qual é a melhor forma?!  "Obrigada mas já tenho".

Posso-vos dizer que já tenho cartão em vários bancos, meia dúzia de seguros até para coisas que nem imaginava que podiam estar seguradas e outras tantas coisas que nem vos passa pela cabeça (nem pela minha). Tenho tudo! Acima de tudo tenho aquilo que realmente quero: o meu tempinho para gastar no que eu quero.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Já cá canta mais um




Pois é, passada uma semana nisto da minha vida nova, passada uma semana num corre-corre constante, passada uma semana a conseguir estacionamento somente a 10/15minutos da faculdade ,  passada uma semana com refeições de 3h em 3h onde só como mesmo o que devia (eu já conheço bem o meu organismo), a beber muita água, a ter muitos cuidados para não engordar pois que já engordei 1 quilo!
E porquê?! Porque eu meu organismo é estupido.
Alguns têm organismos que reagem ao stress com base num instinto primitivo de protecção que os leva a uma reação de luta ou de fuga... o meu  engorda(-me)!!


Ainda estou para ver quando vou ter mão nisto.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

E a cama?

Fazer a cama antes de sair de casa é a prática comum, dita normal, mas eu nunca me habituei a tal.
Quando vivia com os meus pais ouvia grandes raspanetes da minha mãe porque só fazia a cama antes de ir dormir e que não tinha jeito nenhum. Continuo igual. Na realidade eu deixo-a, por norma, sempre bem desfeita: puxo os lençóis e edredom para trás, dobro-os de forma a que a zona que esteve fechada durante a noite fique exposta e deixo a cama aberta todo o santo dia. Antes de ir para a cama é que a faço (porque gosto de dormir em camas bem feitas). 

Quando eu fazia o que a minha mãe queria, e como eu tenho o hábito de dormir dentro do "casulo", ou seja, enterrada debaixo das mantas, acordava com o corpo e cara (principalmente a testa) coberta com estes papos:



[imagem do google]

E vocês? Fazem as camas de manhãzinha?

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A cadela da vizinha que também é minha

A cadela da vizinha é de todos. Literalmente. Dá-se bem com todos os que vivem naquela rua, todos a cumprimentam, é meiga com as crianças, com os idosos e com os adultos também. Pudesse eu escolher a personalidade de um cachorro cá para casa e seria exatamente assim. .É meiga, é querida, brincalhona - é um amor. O seu único defeito é ser traquinas, ao ponto de saltar muros e trepar (!!!) as vedações que os donos vão instalando para a conter. Mas é precisamente por ela o fazer que a nossa experiência com ela tem sido maravilhosa.

A cadela foge de casa assim que os donos viram costas, deita-se à frente do nosso portão à espera que o vamos abrir e depois entra para a sua sessão de mimos :)
Durante as férias estávamos nós a "fazer nenhum" numa cama de rede quando ela aparece do nada (aproveita a pequena abertura que deixamos no portão para ela), pede mimos e depois decide saltar para cima da rede comigo (ela é "arraçada" a  labradora e não é nada leve), visto que aprendeu a saltar lá para dentro apanhou o R. desprevenido, saltou para cima dele e agarrou no gelado sem ele ter tido tempo de se aperceber sequer do que estava a acontecer!!!
 Já temos umas quantas histórias para contar da experiência com a dita.

Uma das coisas que mais me surpreendeu foi quando, recentemente, um carro avariou mesmo à frente da minha casa e, como eu ia buscar o correio, o B. veio a correr atrás de mim assim como a cadela. Chegados a esse portão (a casa tem dois portões e cada um dá a uma rua distinta sendo que a cadela vive na rua de trás) mas, como dizia, chegados a esse portão (que é alto mas é de grades) a cadela viu 2 senhores lá a arranjar o carro, como eles eram desconhecidos e se dirigiram a mim a cadela, por algum motivo sentiu-os como se fossem uma ameaça e fez algo que nunca a pensei ver fazer: colocou-se à frente do B (que ia à frente) e entre mim e o senhor, numa atitude protetora ladrando e rosnando.


E, pronto, apesar de não nos ter sido possível até agora ter um cãozinho nosso, esta já é um tanto nossa.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ponto de Situação #2: Entrei, entrei, entrei!!!!




Entrei!!!
Onde?! Na 1ª opção!! Naquela onde só tinha 5 vagas!! Fui a 2ª selecionada e estou felicíssima!! Hoje quase que explodia de contentamento. 

(Andei a dançar umas horitas pela casa fora... assim feita maluquinha)

Ainda bem que há dias assim!!!

Pronto, era isto. 
Volto em breve depois de acabar de aproveitar as férias com marido & filho.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ponto de situação

Opções:

Universidade 1 (pública) : tudo o que eu quero e mais alguma coisa (5 vagas);
Universidade 2 (pública): Gosto da área do mestrado mas não é propriamente o que queria;
Universidade 3 (privada): Exatamente o mestrado que eu quero, não é tão barata como as anteriores opções mas se atingir a bolsa de mérito pode ficar quase gratuita;
Universidade 4 (privada): É melhor que o mestrado da 2 mas é a mais cara. Mesmo assim compensa face às outras públicas que me dariam mais despesas por ter que me deslocar muito mais;


Actualmente:

Já me candidatei às universidades 1 e 2.
Dia 28 de agosto sai a lista de quem vai fazer exame de candidatura da universidade 2;
No dia 2 de setembro é o exame de candidatura da universidade 2;
Dia 3 sai a lista de colocações da universidade 1.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Das coisas que nunca entendi

Porque é que as grávidas têm prioridade face aos recém-nascidos, bebés ou crianças pequenas. 

Que se espere que uma criança com 7 ou 8 anos já seja capaz de esperar um pouco é uma coisa mas fazer com que recém-nascidos tenham que ceder a prioridade às grávidas é uma coisa que me ultrapassa.

Há-de lá chegar


Uma pessoa faz uma revisão ao e-mail pessoal e dá-se conta disto: 


Não sei como chegaram ao nome do B., uma vez que quem está inscrita sou eu, mas adorei a parte de me mandarem custo dos livros para o 9º ano. Ele há-de lá chegar (espero!) mas para já deixem-no aproveitar bem o último ano de pré-escolar.
Obrigada.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Saudades

de nadar.
De saltar do trampolim, duma pedra ou simplesmente da ponte. De mergulhar no rio ou no mar ou até numa piscina. De me sentir que nem um peixe na água e deixar as preocupações para trás, de me sentir uma criança, divertir-me à séria. Para me divertir à séria basta(va)-me um sitio com água, com profundidade suficiente para dar umas braçadas.
Sou tão fácil de contentar... mas este ano está difícil chegar ao contentamento.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Voltei

De facto a vida não poderia ter dado muito mais voltas nestas últimas semanas. Já escrevi sobre isto aqui algumas vezes mas não consegui publicar e ainda bem que não o fiz mas preciso de expurgar um pouco esta situação.

Há umas semanas escrevi isto pensando que o problema tinha sido resolvido. Afinal não.
Na realidade fomos tratados como crianças, foi-nos dito que sim que tínhamos razão mas na realidade o meu pai não fazia intenção nenhuma de ajudar o meu irmão.
E como chegamos a esta conclusão? É que quando nos tínhamos apercebido da resistência dele em o ajudar começámos a procurar nos nossos conhecidos por uma oportunidade e ela surgiu na empresa do R. que precisa de um colaborador para Inglaterra. Conhecemos a empresa, conhecemos o patrão, o R. sabe como funciona a sucursal em Inglaterra, conhece quem lá trabalha, as condições (que são excelentes, melhores ainda que as do trabalho que o meu pai lhe poderia arranjar), os chefes, tudo. Ele não poderia ir para um local que melhor conhecêssemos ou que soubéssemos garantidamente que realmente não há perigo em ir para lá (o próprio R. passa lá quase todas as semanas) .
O problema? Pois o problema foi quando soubemos dessa oportunidade e lhes falámos da mesma. Se o meu irmão ficou em êxtase o meu pai não poderia ter tido uma reacção mais oposta. Caiu o Carmo e a Trindade. Não vou entrar em pormenores mas nunca em toda a minha vida pensei vê-lo a fazer o que fez, o meu pai, que sempre admirei, teve atitudes que jamais pensei que fosse capaz de ter.

O meu irmão achou que a oportunidade lhe tinha acabado de escapar das mãos quando viu o meu pai a fazer aquilo. Achou que ele nos impediria de o ajudar. Na realidade apesar de não querer ir contra o meu pai perante aquilo só me deu ainda mais vontade de ajudar o meu irmão. Acreditei que a minha relação com o meu pai não tivesse mais salvação mas parece que ele agora já está mais conformado. Até já brinca com a situação e diz que um dia destes também vai. Menos mal.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Feliz e ansiosa

Abriu o "meu" mestrado! É tudo o que quero e mais alguma coisa...

Estou tão excitada, tão feliz, tão ansiosa, tão receosa. Já preenchi candidatura, já stressei porque só abriram 5 vagas, já fiz m**** que aquilo encravou umas vezes e enviou-me uns três comprovativos sendo que só tinha que pagar um, depois lá consegui activar aquele que tinha todos os ficheiros associados. Agora estou "mortinha" para que fechem as candidaturas para que eu possa saber se entro ou não.
A sério, esta expectativa dá cabo de mim.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Por vezes estamos no meio de duas pessoas que amamos até às entranhas e não sabemos como gerir da melhor forma as coisas.


segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ambiguidades


Se por um lado as saudades são IMENSAS, por outro lado, estou a adorar este tempo sozinha.

 O que faz uma mãe depois de 5 anos a estar constantemente acompanhada ou ocupada quando fica livre e desimpedida para fazer tudo o que quer???? Dorme. Pois claro :D
 Acho que nunca dormi tanto em toda a minha vida. Logo eu que não conseguia dormir durante o dia antes de ter um filho, agora "aterro" em qualquer esquina a qualquer hora do dia. Estou oficialmente a ter umas férias de son(h)o!!


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Os meus homens vão viajar


É necessário tratar do seguro para o B. ir com o pai. É o R. que está a tratar de tudo sozinho. Está a tratar de tudo para levar o nosso filho para fora de Portugal. A empresa telefona-lhe umas quantas vezes a pedir informações, a seguradora também já lhe telefonou para confirmar dados, etc.  Para mim não há nenhum contacto, nenhuma chamada, nenhum pedido de autorização. Nada.

É de mim ou é relativamente fácil raptar uma criança (menor) de Portugal?

Conversas do Mundial



(pessoas comentam os jogos e os jogadores)

"Mamã a França está quase cheia de cromos "


*Ele referia-se à caderneta de cromos do mundial, já eu demorei um bocado a chegar lá porque entretanto estava a partir-me a rir com ele a olhar de soslaio para mim. Sabem aquela cara que só as crianças conseguem fazer e que vocês sabem que eles pensam que nós estamos a ser maluquinhos e inconvenientes mas são demasiado bem-educados para nos chamar de parvinhos? Pois... foi essa cara que ele fez! 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dieta milagrosa

Ficar com o filho doente durante uma semana seguida, noites mal dormidas, mal ter tempo (e vontade) para comer. Qual é o resultado? A balança acusa um défice de 1 kg.

Há sempre um lado positivo!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

domingo, 22 de junho de 2014

Mais do mesmo...


 Hoje foram precisas 5 horas para conseguir baixar a febre do B. dos 39,9 até aos 37,5. Cinco horas. 

Os picos de febre assim assustam-me.

 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Os pais nem sempre têm razão


O meu irmão está prestes a fazer 18 anitos, está a acabar o 12º ano,  não tem perspectivas de futuro cá, não quer seguir o ensino tradicional, logo, ele decidiu que queria emigrar para poupar o dinheiro para depois poder investir na carreira que pretende ter.
Ora eu achei que ele estava a ser bastante maduro ao pensar na vida desta forma e fiquei muito feliz por o ver a tomar estas decisões, por ver que ele não iria desistir, nem se iria acomodar (na casa dos pais, perto dos amigos etc), por o ver a ter cabeça e um plano bem delineado.

Só que nem tudo são rosas e há coisas que nenhum de nós previu:

Quando o P. (meu irmão) me contou que o nosso pai lhe tinha dito que não o ajudava a emigrar vi essa atitude dele como uma grande injustiça (eu não sei se já vos disse mas eu tenho um grande defeito, que já me trouxe sérios problemas muitas vezes, eu não consigo ver injustiças e ficar indiferente, mesmo que nada tenham a ver comigo). Ora aqui estava em causa o futuro do meu irmão e era logo o meu pai, nosso pai, que ajudou provavelmente uma dezena de pessoas a emigrar, que os levou com ele para que não passassem pelas ruas da amargura como ele passou quando emigrou pela primeira vez, que se tinha disponibilizado a arranjar trabalho lá para o R., que era tão a favor da emigração e agora vedava o acesso ao meu irmão?!

Disse ao P. que o ajudaria como poderia mas que também iria falar com o nosso pai.

Na nossa primeira conversa (há uns 3 meses atrás) perguntei-lhe directamente porque é que ele não queria que o P. emigrasse. Resposta: "o que vai ele fazer para lá?!". Fiquei incrédula.  A pergunta que mais adequada seria "o que vai ele vai  fazer AQUI?!"
 Vai receber o ordenado mínimo (ou até menos), não vai conseguir poupar para o que quer ou irá demorar provavelmente 3 ou 5 vezes mais para conseguir o mesmo . Iria ficar a ver os anos a passar e sem ter o dinheiro para o que pretende, não teria perspectivas de evolução de carreira, de sequer ter uma carreira, iria passar a vida a "contar" tostões e a ser dependente de dos nossos pais. Como iria ele construir um futuro cá?
Não interessava nada o que eu dizia, ele simplesmente não me dava razão.*

Este assunto tem sido debatido até à exaustão com ele nos últimos 3 meses mas este domingo passado estava o meu pai a falar com um tio meu: "Ele vai emigrar. Afinal o que é que ele fica a fazer AQUI?!"

__
*Eu entendo o meu pai. A filha saiu de casa aos 18 e agora o filho vai pelo mesmo caminho. Ele gosta de nós. Muito. Fez imenso por nós mas agora vê o meu irmão mais que um filho, vê um amigo e está a tentar reviver a adolescência dele através do meu irmão. E agora o P. quer sair de casa, emigrar para bem longe e ele sente que está a ficar para trás. Mas não é isso que está a acontecer, nem o que irá acontecer.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Demasiado ocupada

Sem tempo, sem fôlego, sem nada. ADORO!!!

Andava desesperada por esta ocupação. Não é remunerada (isso era bom demais) mas é algo apaixonante que me deixa sem tempo livre para quase nada. Adoro, adoro, adoro. Nem sei à quanto tempo desejava estar tão ocupada, ainda por cima por uma boa causa.

Já disse que adoro??

Um até já  :D

domingo, 8 de junho de 2014

Reacções

Do nada ouves o ESTRONDO e só tens tempo de ver um carro a vir na tua direcção. Agarras no teu filho nem-sabes-bem-como, puxa-lo para cima (se aquilo te acertar é bom que só te acerte em ti!) e corres como se não houvesse amanhã.

No final tens as pernas bambas e vês um carro que ficou em cima do passeio, basicamente no local onde tu ias descansada da vida com o teu filho. Por detrás está um marido - o teu - atónito com o que acabou de acontecer.

E hoje, pessoas, foi isto.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Brioche




Esteticamente está feio. Parece um bolo mal feito. Mas o sabor é de bollycao/manhãzitos e o B. adorou.

Para a próxima:
Colocar menos água ou mais farinha para conseguir formar bolas pequeninas;
Cortar as pepitas de chocolate de forma mais homogénea (umas derreteram totalmente quando a massa começou a aquecer outras ficaram demasiado grandes)
Cozinhar no formo "bom" a ver se coze por todo ao mesmo tempo (ficou demasiado queimado por fora);


Balanço: Foi, de todas as receitas que experimentei, o único que soube a pão de leite e que deixou o B. feliz.

(obrigada pelas dicas :) )

To me






Happy birthday to me!!



terça-feira, 3 de junho de 2014

Promessa






Se há coisas que para mim são "sagradas" são as promessas. É daquelas coisas que ficaram comigo desde miúda. Perdi a conta às vezes que a minha mãe as quebrou, assim como, às vezes que fiquei desiludida por isso mesmo. Lembro-me bem do dia em que o meu pai me disse "as promessas são para cumprir e tens todo o direito de as cobrar". Nunca me esqueci, já lhe cobrei a ele e elas foram cumpridas, já cobrei muitas e já cumpri outras tantas. Hoje quando prometo uma coisa é para cumprir. É sagrado. Principalmente quando prometo algo a uma criança.

Posto isto, ando doida à procura duma receita para fazer pães brioche para o B. (sem leite ou para substituir com leite de soja) que fique em condições e outra para gelados cremosos. O "problema" é que ainda não encontrei nenhuma receita de pão de leite que saísse bem, nem encontrei substituto para o leite condensado.
Alguém?? Preciso de sugestões. Tenho uma promessa para cumprir!!

sábado, 31 de maio de 2014

Do sogro

O meu sogro é uma pessoa engraçada: É que ele adora pescar mas detesta comer peixe.

A minha arca frigorífica agradece :D

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Das coisas do B.




Depois do banho estávamos a rir muito, a rir de coisas parvas, daquelas gargalhadas dadas com vontade mas sem sentido e prolongadas, demasiado prolongadas em que chega a um ponto em que já não temos controlo sobre o riso e quanto mais rimos mais vontade temos de rir. E rimos, e rimos e rimos. E chegamos ao ponto em que já nem sabemos muito bem porquê mas rimos continuadamente.

"Mamã, o teu controlo hoje não está bom"

(e rimo-nos mais um bocado)



terça-feira, 27 de maio de 2014

O meu smartphone deu que falar


Já vos falei que tenho algumas pessoas que me circundam na vida que têm sempre muitos palpites a dar sobre tudo.
Ora se por norma os comentários se prendem com o facto de eu ser demasiado poupada, sumítica e outros atributos "bonitos" desta vez foram contar aos meus sogros que eu tenho um telemóvel que custa uma fortuna, que nem trabalho e me ando a aproveitar do R....




Pois que a verdade é que o meu telemóvel CÁ, no nosso país, custa uma pequena fortuna, custa tanto que jamais me passaria pela cabeça dar o valor que ele custa CÁ, custa mais que o ordenado mínimo e mesmo que eu trabalhasse jamais daria esse dinheiro por um telemóvel. Acho que é demasiado por um telemóvel. (E também não foi roubado)

As pessoas em vez de tirarem as histórias pela metade, se fossem mais directas talvez eu lhes pudesse ter explicado que o meu telemóvel me foi oferecido e quem mo ofereceu não é rico (nem parvo) para dar o dinheiro que pedem por eles cá.
Mas a pessoa que mo ofereceu, que é meu tio, é emigrante e , caso não saibam, lá fora quem está fidelizado a uma rede (pelo menos na Suiça) pode ir trocando de telefone de X em X tempo, dando somente 1 CHFr (uns 80 cent.) pelo equipamento em si. O meu pai já fazia isto há mais de 15 anos e continua exactamente o mesmo sistema: temos uns X meses de fidelização e dentro desse tempo temos acesso a um determinado nº de aparelhos (dependendo das redes pode ter-se acesso a um ou a vários, pode também dar-se mais algum dinheiro -muito menos do que o que pedem cá - e ter acesso a outros aparelhos).
Ora o meu tio achou que o meu telemóvel antigo estava num estado deplorável e que eu precisava de um novo, vai daí que me ofereceu um. E eu aceitei porque sei que ele não deu muito por ele porque se tivesse dado a pequena fortuna que pedem por eles cá eu jamais conseguiria aceitar.
E, se me tivessem perguntado, era desnecessário tanta confusão na minha vida... mas não, é mais bonito andar a meter veneno.
O pior disto tudo é que são pessoas que, quer queira quer não, tenho que suportar.

sábado, 24 de maio de 2014

Coisas que aprendi num dia como "comercial"


1 - O PITCH: O pitch é uma história inventada que faz com que os senhores das casas nos entreguem as facturas. Basicamente, enganam-se as pessoas dizendo-lhes que estamos ali para retirar a taxa X ou Y, faze-mo-nos amiguinhos deles e temos umas expressões bonitas que nos tornem afáveis e confiáveis à sua imagem.

2- Dizemos umas trinta vezes que não queremos vender nada, dizemos sempre que é para retirar a taxa, que a pessoa não perde nada em nos mostrar a factura (privacidade, oi?!). Acima de tudo é importante perceber que não estamos ali para vender (mas estamos). Mas não estamos. Entendem?

3 - Depois de termos as facturas na mão temos que fazer com que as pessoas se foquem num outro assunto qualquer, numa história, criamos empatia, sabem? Para quê? Para vender...ups, não é para vender nada!(so they say...). É para lhes retirar a taxa, lembram-se? Podemos falar do rato mickey, do pateta, podemos falar de tudo caso eles se começarem a focar nas nossas pastas e modems e outras tralhas... podemos falar de tudo menos nos produtos que queremos vender... ups...Podemos falar de tudo. Mas não podemos "engonhar" muito porque senão não conseguimos passar em muitas casas e retirar a taxa. A maldita da taxa.

4- Não esquecer que temos que ser bons a analisar pessoas e ser bons com as pessoas. Para quê? Para lhes empurrar o que queremos vender... ups... desculpem-me sabem, é que eu não tenho jeito para fingir e a verdade escapa. Se querem mesmo saber, temos que ser bons a analisar pessoas para sabermos a quem nos dirigir, qual das pessoas que nos abre a porta é a "tal"? Que gostará esta pessoa de ver? Tem filhos? Será avó? Empurro-lhe o pacote dos 10€ ou dos 40€? Isto tudo claro porque só queremos saber qual a melhor forma para os convencer a assinar o contrato... queremos somente tirar a taxa.

5- Nunca se pode tirar a taxa a alguém que ainda esteja fidelizado através dum contrato, mesmo que esse contrato pertença à nossa empresa. Só queremos o bem da empresa, ups, do cliente.

6- Nunca esquecer a ideia de urgência. O que é a urgência?! O produto para além de único a oportunidade também é única!! (Esta é aquela que me custa mais a engolir!! Mas ainda há quem caia nisto?!).
Passo a explicar: o produto só está disponível até ao dia 30 deste mês, a partir do dia 1 de junho passará a estar disponível só até ao dia 15 e depois do dia 15 estará só disponível até ao dia 30... estão a ver?! SÓ estará disponível SEMPRE! Sempre!!

8 - Não esquecer também que têem que aproveitar a oportunidade agora! AGORA! Porquê? Porque para além de SÓ terem 15 dias de promoção para a agarrar. NÓS, os vossos heróis só estaremos nesta zona hoje, SÓ HOJE, amanhã será tarde demais, daqui a 5 minutos será tarde demais. Ou é agora ou NUNCA MAIS terão esta oportunidade. Não esquecer que está É a oportunidade das vossas vidas!

9- Não esquecer que, quando temos os vossos dados nas nossas mãos, o primeiro a fazer é passar os dados do contrato à operadora. Para quê? Para terem logo acesso ao serviço que irão pagar, claro! Só para isso!! Só que não... na realidade estão a analisar todos o vosso registo, tudo aquilo que está associado ao vosso NIF para ver se têm dívidas é que eles só querem gente honesta (pelo menos, no que a clientes diz respeito).


Na realidade a promoção é contínua, existe sempre meus caros, existe sempre, só podem ir mudando algumas condições mas existe sempre; e nós andamos a pé! A sério que amanhã não andaremos muito longe porque afinal temos que vender isto a muita gente e não andamos a saltitar muitos quilómetros sem vender, claro, não é? E quanto à taxa? Sim a taxa existe, ou melhor existiu, porque nenhum contrato novo, em qualquer operadora, paga essa taxa. O que nós queremos mesmo é sair dali com um contrato assinado. SHIUUUU as pessoas não sabem!! Nem podem saber senão lá se vai a mina! Ou o PITCH. Ou o diabo a 4.

Ps: É muito importante ter em atenção às palavras usadas porque não podemos mentir, mas também não podemos dizer a verdade. Entendem? Termos caros, conversa fiada, mudar de assunto, é tudo extremamente importante para dizer o necessário mas evitar as perguntas "chatas", estão a ver? Aquelas perguntas de quem quer saber demais. Afinal para que precisam de pormenores? É que se os perguntarem temos que os dizer. Também temos que falar das condições de pagamento e falar do produto. Mas não é para vender, entendem? Mas é... mas temos que dizer porque não podemos mentir. Mas a verdade toda seria demasiada informação, portanto é sempre bom dizer a verdade toda mas, de preferência num registo linguístico que o comum dos mortais não entenda na totalidade, estão a ver? E depois vamos explicando por miúdos... mais ou menos que, se formos muito explícitos nunca mais saímos dali e afinal nós temos que tirar a taxa a outras pessoas. A maldita taxa.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

This is NOT sexy

Pelo menos, na minha humilde opinião.






Eu gosto de sensualidade, de ver pessoas que sabem vestir (e não despir-se) bem.
Não gosto de ver as nádegas de quem por mim passa. Se calhar sou antiquada? Talvez... mas não me agrada ver disto numa repartição das finanças, nas aulas da universidade, num centro de saúde, a caminho das secundárias (é ver quem vai com menos roupa). Então combinarem estes calções com os crop tops e irem aos sítios supracitados é daquelas coisas para me fazer mesmo muita confusão. Juro que não sei o que deu a esta geração mas não é normal. E será que estes adolescentes são daqueles que trocam de roupa depois de saírem de casa ou os pais deixam-nos sair à rua assim?
É que tanto querem ser sensuais e chamar à atenção que simplesmente entram nas piores das vulgaridades. Chamam à atenção pelos piores motivos possíveis e mostram tanto que não há espaço para sedução, para a imaginação ou para sonhar com o que se poderia encontrar por debaixo da roupa.

Vê-las a sair das praias assim, nas explanadas, num dia de calor... pronto, mas em pleno inverno ou em locais formais? Já dizia o outro: "Num habia necessidade".

Saga: À procura de um carro #2

Antes de comprarem um carro (em segunda mão) ide ver carros à internet. Não só porque encontram lá carros bem mais em conta do que nos stand mas também porque os próprios stands têm lá os carros mais baratos.

Fomos ver um carro. Perguntámos ao senhor qual o valor do carro e diz que é X (mais 1000€ que os anunciados na internet), dizemos que vimos no OLX por Y. "Ah pois, esqueci-me de mudar aqui". Sei...

E não foi o primeiro.

sábado, 17 de maio de 2014

O que fazer quando há aniversários na escola e a nossa cria é intolerante à lactose?
É que à primeira vista não há problema. Mas há.  Quase todos os bolos, cremes e afins levam leite ou manteiga.
Não me lembrei disso até ver o B. com uma barriga de "grávida de 6 meses". Estou aqui cheia de pena dele. Para além do mais nem sei como lhe dizer que não pode comer os bolos dos outros meninos.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu e as entrevistas de trabalho #3

Pois, não estavas nervosa...conta-me mais.Que sistema nervoso engraçado que o meu é. Dá-me a ideia de relaxamento, bem-estar, paz e sossego mas cheguei ao sitio da entrevista, ia começar a escrever nuns papeis que me deram e o que acontece? Pois que comecei a tremer das mãos de tal forma que não conseguia escrever. É. Que lindo.

Eu e as entrevistas de trabalho #2

Daqui a 1 hora e 20 minutos estarei a entrar numa empresa para mais uma entrevista de trabalho. A minha amiga V. acabou de me telefonar para saber se estou bem, para me manter calma e com pensamento positivo (ela sabe do que aconteceu da última vez e da penúltima e da antepenúltima... estão a ver o filme, não é?!). Mas verdade é que não me sinto minimamente nervosa. Sabem porquê? Porque não tenho fé que seja para mim. É assim mesmo. Eu sei que devia estar aqui toda entusiasmada e tal e coiso e andar aos pinotes mas... não consigo.  Até hoje que me mandaram uma proposta de trabalho na minha área (eu realmente tenho excelentes amigos) onde aquela formação que tirei duas vezes me iria ser útil e sei que tenho o perfil mas enviei a candidatura já totalmente desprovida de emoção.

Hoje é isto. O que não invalida que quando entrar para a entrevista vá mentalmente a dizer "é hoje, é hoje" e não invalida que vá dar o meu máximo. Não invalida que, caso me chamem para a entrevista daquela proposta na minha área para o qual tenho o perfil indicado e as formações necessárias eu não comece aos pinotes.
 Acho que é simplesmente o meu próprio bom-senso a proteger-me de mais uma grande desilusão.


Como diz o ditado chinês: "Espera o melhor, Prepara-te para o pior e Aceita o que vier".

Coisas que não pedimos...

Vocês sofrem do mal de terem sempre alguém a dizer-vos o que devem fazer na vida?

"Está na hora de terem mais um filho";
"Está na hora de comprarem casa, afinal a pagar renda vocês só estão a perder dinheiro";
"Está na hora de mandar esse carro para a sucata e trocaram por um carro "a sério" que agora mudou para "finalmente o carro vai para a sucata, então vamos ter carrinho novo?" (Vamos?! oi?! se for com a vossa carteira...)

Não estará na hora de cada um se meter na sua própria vida?

(apesar de não andarmos a publicitar a nossa vida a terceiros... imagina se andássemos)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Coisas que li e gostei

Eu escrevi um post sobre o livro The Help (ou as serviçais) que desapareceu...



É um daqueles livros cuja leitura adiei durante anos por falta de tempo para ler algo "porque sim".
É daquelas histórias com alguma História (esta época é daquelas que me toca particularmente e nem sei bem porquê) complementada com um bom enredo que foge ao tradicional nos romances do "menina e menino conhecem-se e toda a trama anda à volta de um manancial de situações que, embora contra todas as hipóteses, os leva a ficar juntos". Nada contra esse tipo de histórias quando precisamos mesmo de espairecer mas este livro foi uma boa lufada de ar fresco que apreciei.

Para quem não gosta de ler existe uma adaptação cinematográfica que dizem ser boa. Pessoalmente prefiro (quase sempre) o livro ao filme...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Saga: "À procura de um carro"

Uma pessoa não tem muitas esquisitices nisto dos carros (a carteira também não o permite) mas há alguns que não me atraem muito. Vem ao caso o facto de um desses ser um smart. Nada de mais não fosse o senhor esposo andar a dar-me a volta à cabeça para comprar um porque:

 a) são extremamente económicos ( a coisa "horripilante" de ser tão económico como um carro a GPL (ou talvez mais));
b) cabe em qualquer espaço (coisa para conseguir estacionar em qualquer buraco na cidade para onde pretendo ir estudar);
c) temos uma carrinha familiar a GPL que não dá jeito levar para lá (é grande) que cobre todas as outras necessidades, um carro pequeno iria servir perfeitamente para mim e para a criança durante a semana;
d) o preço do imposto de selo é irrisório
e) arranjar um carro com GPL já instalado,pequeno e barato parece ser tarefa impossível (encontrar um pequeno e barato para instalar o GPL ainda pior)

O pior é que eu começo a dar-lhe razão...
Eu não gosto de smarts porque são pequeninos, sinto que ele vai rebolar ou cair (parece-me um brinquedo), não me sinto segura a olhar para aquilo, a ideia de ter um acidente com aquilo e ter os carros quase-a-bater-me sem qualquer distância é aterradora; tenho a ideia que quando chover ou apanhar gelo aquilo vai andar aos "esses" como uma bailarina.... (sim, sei que metade destas ideias são erróneas, sei mas a sensação que tive quando andei num foi essa).
Já disse que não gosto desse tipo de carros? Parece que lhe falta alguma parte. Digam-me que a manutenção é caríssima, sim? Acho que só isso para convencer o excelso esposo a não comprar tal coisa. Diz o excelso que é uma questão de hábito e que depois vou adorar...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

É de mim ou...

... em breve o Estado vai pagar às empresas para terem trabalhadores a fazerem-lhes o serviço sem que eles tenham quaisquer encargos.

"...serão dados incentivos às empresas que contratarem pessoas em contrato sem termo, incentivos esses que correspondem ao valor que os empregados receberiam caso continuassem a receber o subsídio de desemprego" (in Jornal da Uma - TVI)

Ou seja, as empresas continuam a habituar-se a não pagar para ter trabalhadores e agora o Estado ainda vai ajudar à "borga" e pagar às empresas para ter pessoas a trabalhar. Não que já não seja o que acontece nos pseudo-Estágios-Emprego em que os licenciados entram e saem das empresas numa roda constante de aproveitamento da medida paga pelo estar. É que pagar 0% a 20% pelo trabalho de um recém-licenciado é bem diferente de lhe pagar os 100%. Mas não bastava isto e não chega os dados que demonstram que essas empresas, na grande maioria, têm os estagiários a entrar e a sair numa espécie de "vira porca, venha outra". Não. Não basta. Agora vão fazer isso a todos os desempregados.
Claro que isto é incentivo ao emprego! Principalmente àquele tipo de trabalho minimamente estável e digno.


Depois vem ele e faz-me ver a sorte que já tenho


O B. não anda num carro sem a cadeira (chamem-me paranóica, maluca, mãe-galinha ou o diabo a 4 mas não anda). Andámos num carro que só tinha um cinto de segurança - em condições -  no banco traseiro e é óbvio que ficou para a cadeirinha dele. Se não tivesse não íamos (pois, eu sou paranóica, já sei).
Ele viu-me sem cinto e perguntou porque não podia ir sem cinto: eu expliquei-lhe outra vez que o cinto nos protege porque em caso de acidente não temos força para nos segurar e podemos andar aos "tombos", irmos contra os vidros e aleijar-mo-nos muito.
Vai na volta ele coloca o braço à minha frente e eu pergunto-lhe o que ele está a fazer. Diz-me: "é para te segurar". Explico-lhe que, caso aconteça nem eu teria força para o segurar a ele nem ele para me segurar a mim. Explico-lhe que nem o papá nos conseguiria segurar.
Ele olha para mim e desata a chorar. Porquê? Diz que ficou com medo que me acontecesse alguma coisa, que tivéssemos um acidente enquanto eu ia sem cinto e fez-me prometer que não iríamos ter. Agarrou a minha mão e segurou-a com toda a sua força enquanto fizemos 40km ele não a largou e apertava-a com mais força sempre que o carro travava, passava por uma lomba ou fazia uma curva.
Disse-me: "Eu protejo-te mamã".



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Coiso.



No ano passado graças a atrasos burocráticos não pude candidatar-me ao mestrado que pretendia. Este ano não abriram vagas e não sabem se vão abrir para o "meu" mestrado.
Ora uma pessoa já anda atrasada que se farta nisto do curso superior, já parou por não ter dinheiro para mudar para o centro do país, já parou para ter o filho, já parou para procurar trabalho (e por causa dos atrasos burocráticos e falta de dinheiro)... e agora dizem-me que o raio do mestrado que no ano passado teve N vagas, que houve pessoas a entrar com médias de 13 (de TREZE!!! num mestrado universitário PUBLICO* onde por norma só entra quem tem no mínimo 14 - factor de exclusão) e dizem-me que não sabem se vão abrir vagas a alunos externos?! Really?! 

Senhores que zelam pelo equilíbrio universal: chega de azar, sim? Se não for pedir muito, claro.


__
* Mesma universidade onde há uns anos a média para entrar na minha área era 17 e agora também entram alunos com 12 na dita licenciatura. Lá se vai a teoria que só no ensino privado é que entra qualquer um.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Kaputt!



O titulo não é asneira... podia ser... mas não é. Asneiras já roguei as suficientes, em privado ;).
Seguindo-se a lógica da minha vida actualmente tinha que correr alguma coisa mal. Talvez as probabilidades de ter um carro com 20 anos, há tantos aninhos e sem problemas alguns também não joguem a meu favor (sim, eu ainda acredito que isto não é azar... são só coincidências. A mais!)

O carro não "morreu" mas teve 2 problemas mais sérios numa só semana. "Problemas" esses que poderiam ser mais considerados questões de manutenção. Afinal qual é o carro que passados 20 anos ainda tem tantas peças originais?! Pois... são 20 anos de desgaste num carro, 5 anos nas nossas mãos (o carro que menos problemas me deu, o único que me passou nas mãos que nunca meteu o chassis num reboque), no entanto, chegou a hora de o mandar-mos embora porque começou  a dar sinais de desgaste (aleluia! estava a ver que não... not!!) e fomos já avisados que daqui para a frente as manutenções vão começar a ser mais frequentes, mais dispendiosas e que, na realidade o carro já não vale nada - "está morto" - palavrinhas do mecânico. Morto porque a partir daqui é expectável que só dê problemas, expectável que tenhamos que investir bem mais nele do que aquilo que vale, expectável que passe mais tempo no mecânico que em nossa casa e, bem, apesar de "mui gratos" aos seus anos de serviço irrepreensível não nos apetece andar nessa vida de investir num carro que está a dar as últimas (lá se vai a ideia que dure mais uns anitos).

E agora? Bem-ditas poupanças é o que vos digo! Bem ditas!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dia de mãe

Ela.
Ela que abdicou de tudo por mim. Por amor.
Ela.
Ela que me mostrou o que era amor incondicional.
Ela.
Ela que, mesmo não podendo, fazia quilómetros para me deixar segura.
Ela.
Ela que me esperava à porta da sua casa na hora de almoço enquanto eu corria pelo caminho e gritava por antecipação de chegar à sua casa.
Ela.
Ela que me ensinou o que é realmente ser mãe.

O meu dia de mãe será sempre o dia da minha avó velhinha.

Agora este dia também é meu. E eu faço de tudo para ser uma mãe como ela me ensinou a ser. Tive o melhor exemplo possível.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

As alterações na dinâmica do mercado laboral (ou a escravatura em Portugal)

Se calhar era bom avisar aqueles senhores que pagam aos comediantes para lhes publicitar o negócio, que a vida das pessoas não é uma comédia mas que parece que eles são bons comediantes quando propõem trabalho não remunerado que as pessoas se desloquem por conta própria, paguem um seguro do seu bolso, trabalhem 10 horas (ou mais) por dia e, caso vendam alguns contratos e a dita empresa prestar um serviço de  m*** que faça com que o contrato seja anulado a pessoa (que paga o seguro, as deslocações e trabalha 10 ou mais horas por dia) tenha que devolver a totalidade das comissões [que é um valor da treta!]. Esta devolução é possível até ao fim do contrato...
Isso chama-se voluntariado (que eu não vos quero chamar de escravizadores) . Não sei é se as pessoas estarão dispostas a fazer voluntariado nas vendas porta-a-porta... 

Contas feitas: para trabalhar precisava de gastar cerca de 200€/mês sem contar com o desgaste do meu carro. Sem qualquer garantia que a empresa não aproveitasse a "clausula" das devoluções da comissão para pedir todo o dinheiro que ganhasse mas mesmo que tal não acontecesse, para não ter prejuízo teria que vender imensos contratos.

Claro que esta empresa é totalmente inocente nisto tudo, uma vez que este serviço é feito por outra empresa (às suas ordens) e com certeza que a empresa mãe é alheia a estas situações. Com toda a certeza. Mas como é possível ter dúvidas?!

São estes senhores e os donos duma loja de chineses aqui da zona que têm sempre 1 ou 2 portugueses/por semana à experiência. Sem remuneração.  Óbvio que nenhum presta. Claro que não se estão a aproveitar da necessidade alheia. Eles até são bonzinhos... têm é pouca sorte, tadinhos. Há pelo menos 1 ano que andam sempre a entrar e a sair pessoas que trabalharam para eles uma semana à borla! Tanta pena deles... A sério que tenho.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Em poupar é que está o ganho - Poupar com Envelopes


Um dos primeiros passos para a poupança que tomámos foi chegar à conclusão que queríamos poupar mais mas não saber por onde começar (e até ter a ideia que seria impossível), no entanto, decidimos tentar.
Começámos por apontar as nossas despesas mensais, depois foram acrescentadas aquelas coisas que poderiam ocorrer (como portagens, livros, reparações, etc) e assim ficou pronto um esboço do que seria o nosso plano orçamental. A dita lista foi feita em Excel porque dá imenso jeito poder acrescentar, retirar, somar, subtrair e outras coisas que tal na lista em si (não é estática e molda-se consoante a nossa vontade e as mudanças na nossa vida).  Após termos ganho a consciência para onde o dinheiro ia, quanto gastamos mensalmente (em média) começámos a procurar a melhor forma de fazer uma poupança mais acentuada (para além do PPR não fazíamos poupanças quase nenhumas) e entretanto testámos alguns métodos de poupança.

Foi nas pesquisas por métodos de poupança que descobri o método do envelope que é tão simples que até mete dó ... mas foi o que melhor resultou connosco.
Originalmente o método do envelope consiste em subdividir o ordenado por envelopes que estão divididos em categorias (tal como alimentação, renda, poupanças etc). O ideal será também subdividir a "poupança" em várias categorias como p.ex: férias, poupança para futuro, etc.
A ideia é só usar o dinheiro de cada envelope para a categoria para a qual foi destinado e "sofrer as consequências" da má gestão caso ele acabe antes do tempo, ou seja, não usar o dinheiro dos outros envelopes para "cobrir" a falha na gestão e assim aprender a gerir bem o dinheiro.

Cá por casa alteramos um pouco a forma deste sistema: Como usámos as transferências bancárias para as contas fixas (renda, luz, etc) e também não gostámos de andar com dinheiro atrás de nós para as compras* fizemos as contas para o que gastámos mensalmente (daí ser tão importante fazer lista dos gastos), deixámos na conta o que vai ser necessário naquele mês mas levantámos o restante e dividimos por envelopes consoante o que pretendemos poupar e para o quê.

Neste momento tenho 5 envelopes com poupanças para diferentes destinos: quase todos têm um determinado valor ou data como fim, uns com prazo mais próximo e outros com prazos mais distantes, todos têm um limite mínimo de poupança por mês - modesto - para garantir que todos os meses são acrescentadas quantias. Quando sobra dinheiro do que "deveria" ter sido gasto é dividido pelos envelopes ou colocado naquele cujo valor a atingir é mais elevado. Uma das poupanças é para "emergências".



Estamos a testar este sistema desde Janeiro e temos conseguido poupar mais do que alguma vez conseguimos. Este mês acrescentamos mais um envelope: "Escola do B" (onde iremos colocar 20€ mensalmente) para que quando chegue a hora de entrar na primária tenhamos todo o dinheiro necessário disponível para livros e material escolar.

Para o futuro dele (quando for adulto e/ou para a universidade) estamos a pensar colocar o dinheiro que tem no mealheiro a render mas temos que pesquisar bem o mercado, os bancos, as taxas de juro, se compensa abrir conta ou deixar o dinheiro a render durante X anos e outras coisas que tais...(se alguém tiver dicas serão muito bem-vindas)


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* convém sabermos que tipo de pessoas somos: gastamos mais com cartão porque não vemos o dinheiro, ou o tipo de pessoa a quem o dinheiro físico desaparece e tem mais cuidado quando usa o cartão? Eu sou o segundo tipo de pessoa: para mim é mais fácil poupar quando tenho que usar cartão e penso bem mais no que gasto quando tenho que "sacar" do cartão do que quando gasto dinheiro físico - até porque ter dinheiro físico comigo faz com que gaste pouco mas mais vezes, o que faz com que gaste mais.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Emigras ou não emigras?

Cada vez menos concebo a possibilidade de um futuro em Portugal. Desespero por um trabalho digno e não me parece que tal seja possível. Agora dizem-nos que ganhamos demais. 485€ são demais... isto para quem sequer os recebe... "Engraçado" que nos países de onde vêm estes senhores, que dizem estas barbaridades aos portugueses, quem trabalha recebe bem. Se derem aos portugueses os ordenados desses países aposto que a produtividade aumentava bastante.Por algum motivo os portugueses são conhecidos como bons trabalhadores por essa Europa fora. E o problema não estará também na gestão? Naquela gestão típica portuguesa que quando uma empresa dá lucro, o mesmo é usado para luxos para os patrões mas não para investir e actualizar a empresa que depois entra numa espiral negativa? Naquele tipo de patrão que faz férias, compra carros para apresentar despesas mas não é capaz de aumentar ou distribuir esses valores pelos empregados dando-lhes uma motivação extra e, assim, aumentar a eficiência e eficácia da produção? Digo eu... Nesta época de crise são as empresas que dão as melhores condições que estão a crescer... isto não vos diz nada?

Já disse que não vejo futuro em Portugal? Sinto-me muito velha, muito acabada e muito cansada. Muito desiludida com este país que não me deixa contribuir, que não me deixa trabalhar e ganhar condignamente, que não me deixa ajudar ao crescimento. Farta desses "empresários" e "empreendedores" que só escravizam e que são vistos como "casos de sucesso" porque atingem muitas vendas, muito dinheiro... mas ninguém vai ver as condições nas quais trabalham quem trabalha para eles (quando a produção é sequer feita cá). Tanto rebuliço pelas condições de trabalho no Bangladesh...já entraram em algumas fábricas portuguesas? Ficariam surpreendidos com as semelhanças com os ditos países "não desenvolvidos".

Eu quero trabalhar mas não quero ser escrava. Não quero pagar para trabalhar, quero receber pelo trabalho que prestei. Não vejo essa possibilidade cá.

Dizem os senhores que ganhámos demais... dizem... mas depois vão aos milhares de licenciados de Portugal trabalhar para os seus países, vão receber bem...mesmo bem se comparar-mos os salários de cá com os de lá! (já para não falar da diferença de ordenados dos trabalhadores não qualificados de cá e de lá).
 Se calhar sou eu que vejo qualquer coisa estranha aqui mas não é estranho que eles não queiram que paguem mais aos portugueses mas depois dão bons salários lá aos nossos  (com estudos ou sem)?

Sou só eu que vejo este país a ficar velho, a tornar-se insustentável? Quem vai manter isto daqui a 20, 30, 40 anos? Acreditam estes governantes que os que emigram vão voltar? Trazer remessas de dinheiro para Portugal e manter o país? Eu duvido...Aliás conheço muitos emigrantes e nenhum pretende voltar. Nenhum. Por algum motivo há-de ser. Os únicos que vi voltarem foram aqueles que não queriam trabalhar, que não queriam dar o litro... são esses que estão a voltar. São esses o futuro de Portugal? Aqueles que não querem suar pela camisola, que não darão o seu máximo, aqueles que pretendem - e tentam - viver à conta das ajudas do Estado? Este país está a ficar velho, ter filhos é quase um pecado capital com direito à pena de morte - ou menos dramático - com direito à expulsão quase certa do mercado de trabalho. Ter um filho é como ter registo criminal: é um facto que nos irá sempre perseguir. Depois queixam-se da baixa natalidade... E quem consegue planear ter filhos com esta instabilidade? Como planear ter filhos se não sabemos se amanhã teremos que voltar para casa dos pais ou se ficaremos todos sem comida à mesa? Já nem falo em "qualidade de vida" mas sim nas condições mínimas... "Engraçado" que também aumentou exponencialmente as vendas de carros de luxo em Portugal... sou só eu que vejo uma coisa estranha nestes factos?

Se tiver que emigrar, não pretendo voltar. Se me derem uma oportunidade que possa agarrar irei dar o meu máximo e o meu melhor. Só quero uma oportunidade. Mas é dificil manter a esperança, procurar infinitamente cansa, só encontrar esquemas ou aldrabões cansa. Cansa. Esperar pelo amanhã que nunca vem, cansa. E eu nem vivo assim tão mal...mas não é isto que quero! Eu quero contribuir, ser activa, trabalhar. Trabalhar para mim, para ajudar nas despesas da minha casa, para este país que não me deixa. Não quero ser dependente do meu marido, quero trabalhar, descontar, contribuir... mas não consigo. Ninguém me deixa.

Estou tão frustrada!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Como o tempo passa...





A criança cá de casa fez 5 anos. CINCO!!! Só de imaginar que falta pouco mais de 1 ano para entrar na primária... bem...
O moço ainda "ontem" nasceu. Aposto que "amanhã" terá 18 anos e estará a fazer-se à vida dele e, se pestanejar muito, talvez já só dê por ela quando ele tiver perto dos 30... juro que o tempo voa e nunca me tinha apercebido tanto disso como depois de ser mãe.


A lata ou o latão?!

Disse um conhecido meu à minha prima quando lhe pediu para ser fiadora dum apartamento: "o PIOR que te pode acontecer é aparecer uma carta em casa" (referindo-se à possibilidade de não pagar) dizendo isto como se fosse a coisa mais natural do mundo acontecer e nada demais.

É tão fácil ter casa, boa vida e viver nas aparências quando é às custas dos outros, não é?!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Recusei um trabalho

Se me perguntassem se recusaria qualquer trabalho eu diria que não mas afinal recusei. Ainda estou incrédula por o ter feito. Fi-lo porque passaria a não ver o meu filho nunca, passaria a trabalhar das 6h - 10h da manhã e/ou das 18h às 22h da noite. Receberia 250€ e teria que fazer mais de 30 km para trabalhar. Os gastos que teria seriam superiores ao que receberia mas não foi por isso que recusei (sim, pessoas, eu aceitaria pagar para trabalhar por causa da experiência - chamem-me burra e louca) mas recusei-o porque não veria o meu filho e, como o pai dele só está cá 1 ou 2 dias/semana quando corre bem, ele passaria a ser o filho de outros.
E é isto... recusei um trabalho. Um trabalho que me daria prejuízo, um trabalho que me impediria de ver o meu filho... recusei. Sei que foi a opção lógica e correcta... então porque raio me sinto tão mal por o ter feito?

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sustos da vida

Quando andava na uni eu e 2 amigas optamos por estacionar o carro perto uma das outras (para nossa protecção)  mas para podermos estacionar 3 carros na mesma área tínhamos que nos afastar um pouco mais da entrada da uni (coisa que também acontecia, por vezes, mesmo quando andávamos "sozinhas"). Começamos a fazê-lo depois de sabermos que tinham sido violadas raparigas naquela zona e tínhamos medo de andar lá sozinhas, principalmente à noite.

Certo dia, após uma aula que tinha terminado às 21h, eu a J e a V  dirigi-mo-nos para os nossos carros. Chegamos perto da rotunda e estava uma Ford C-Max (durante meses até a matricula sabia) com vidros escurecidos na parte de trás, os 2 vidros da frente abertos e 2 homens lá dentro. Não era anormal estar ali alguém mas foi estranho (seria um pressentimento?), ficamos com o "pé-atrás": eles não paravam de olhar para nós e falavam um com o outro e depois olhavam de novo. Para chegarmos aos nossos carros teríamos que passar por eles mas estávamos as 3 a achar aquilo estranho. Começamos a abrandar o passo, eles aperceberam-se que íamos para trás e foi quando o condutor disse algo ao passageiro e saíram os 2 a correr do carro!! Deixaram os vidros abertos, carro destrancado e, por um momento eu fiquei paralisada. Só me lembro da V gritar "Corram!!", agarrou na minha mão e puxou-me, eu agarrei na da J e desatamos a correr na direcção oposta, na direcção do carro dos nossos amigos que estavam no cruzamento anterior, a rezar silenciosamente para que eles ainda lá estivessem e para lá chegarmos antes dos outros nos apanharem.

Quando chegamos ao carro dos nossos amigos estávamos em pânico, só nos conseguimos acalmar minimamente depois de termos entrado as 3. Os homens tinham desaparecido quando viram pessoas mas deixaram para trás o carro destrancado e os vidros abertos.

Se pode ter sido gozo? Pode... mas não parecia e nenhuma de nós quis tirar a "prova dos 9". Se foi gozo eles bem que conseguiram o que queriam porque nos assustaram mesmo. Se não foi gozo... Bem, prefiro acreditar que era no gozo e que fizemos figura de otárias a fugir deles... antes isso do que acreditar que eles nos poderiam ter apanhado para outros fins...

sábado, 12 de abril de 2014

Coisas do nosso país à beira-mar plantado

Sabiam que, para fazerem estágio curricular num hospital público, os estagiários têm que pagar 10 €/ dia?! DEZ EUROS POR DIA! Se não puderem ir pagam 10 €, se só fizerem manhãs pagam 10€, se só fizerem tardes pagam 10 €. Ora, num mês com 21 dias úteis temos que pagar a "módica" quantia de 210€. Mais de  DUZENTOS EUROS POR MÊS para pagar um estágio curricular.

Já sabia que a remuneração nesses casos é inexistente mas podiam ter a decência de não cobrar!
Duzentos euros... a minha alma está parva!

E, mais uma vez, instituições privadas passam "a perna" a instituições públicas ao não cobrarem absolutamente nada por estágios curriculares.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Vergonha alheia



É o que sinto quando vejo a forma extremamente subtil como a Opel faz publicidade numa telenovela (se calhar até faz em mais mas calhou estar a ver esta e até dizia o nome mas não sei)...
Oh marketing o que é feito de ti?!  Não sei se se lembram da, também subtil, publicidade que a Sumol fazia nos Morangos com Açúcar? Isto vai um pouco além... mas não no bom sentido.

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Claro que se alguma marca de carros me quiser patrocinar é só contactar, partilho a morada para enviarem o carro, gratuito, com todo o gosto. Fica registado... só para o caso de alguma marca ficar interessada.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Ovo ou a Galinha?

Tenho a cria doente com febre, com otites, com diarreia e gases.
Tenho a cria com intolerância à lactose.

Agora falta descobrir o que veio primeiro: Está a criança com intolerância devido a estar doente com a gripe e todos os outros sintomas nada engraçados ou ficou a criança doente por estar mais vulnerável devido a ser intolerante à lactose e ainda não termos dado conta disso??


Coisas que não mudam

Por vezes, basta alguém precisar de nós que, mesmo que nos tenham feito muito mal, não conseguimos ficar indiferentes.

E depois? Depois levo nas orelhas para ver se aprendo que há coisas que não mudam e que eu preciso de mudar. Para meu próprio bem.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Pizzeiro

Sabem quem é o Pizzeiro? Não sabem??? Incultos!

Só para vos tirar da ignorância, apresento-vos o pizzeiro que é o senhor que faz pizzas, obviamente :D



terça-feira, 25 de março de 2014

"Respeitinho é bonito e eu gosto" - diz o B. ao tio quando este goza com ele.

Ele é mesmo uma esponja!! E é muito engraçado ver como ele apanha as minhas expressões :D 

Depois de ler este post da milka dreams dei por mim a pensar que, apesar de nunca ter dito a ninguém que não conheça que "sou de confiança e podem confiar em mim", já:

- tive estranhos, em autocarros a passarem-me as suas cartas de tribunal,consultas e afins para decifrar o conteúdo;
- tive velhinhos (estranhos!!) a pousarem notas num banco ao meu lado e pedirem-me para ficar de olho no dinheiro (Isto aconteceu no Porto!!! oi?! e se eu agarrasse nele e fugisse?? como era?!);
- já tive estranhos (crianças!) a aceitarem vir comigo à procura do segurança por estarem perdidos [m*** pá, acabei de perceber que podia ter sido mal interpretada e ser acusada de rapto!];
- já tive estranhos (pessoas com convivência de poucas semanas) a desabafarem comigo sobre os seus problemas pessoais, tal como, o receio de estar grávida, de perder outra criança...;
- já tive pessoas estranhas (convivência de semanas) a desvendar-me pormenores da sua vida sexual e dos seus receios sobre DST´s e afins.

Aos velhinhos e às crianças dou o "desconto" da inocência e inconsequência, das outras situações não sei bem o que pensar... são desabafos de quase-estranhos, quase-conhecidos que ficaram comigo mas eu jamais teria confiado coisas tão pessoais a pessoas que mal conheço.