terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Estágio

As maravilhas de estar a estagiar é que em tudo se assemelha a um local de trabalho, tirando aquela "pequena" questão da remuneração... Não que não esteja a gostar (porque estou mesmo a adorar) só que já que não tenho umas coisas gostaria de ter, pelo menos os meus outros direitos assegurados.

Como se diz "não" quando nos pedem para ir trabalhar estagiar nas nossas férias por motivos óbvios de falta de pessoal?
É uma coisa que terei de aprender.
Não será este ano que vou aprender isso de certeza.

Não haveria problema nenhum se a tese não estivesse hiper-atrasada, se eu não tivesse a casa cheia de pessoas no dia 24 e 25 de dezembro e se não tivesse gente cá por casa no dia 30 e 31...



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Coisas que ainda não partilhei...

Mora cá em casa um cãozinho (neste momento já é mais "cãozão").

Algures em Julho recebemos a chamada de um vizinho  a dizer-nos que havia um senhor que tinha um cão para dar. Dar não será a palavra certa: tinha um cão para despachar. Não o queria em casa e se ninguém o fosse buscar, ameaçava que o ia simplesmente abandonar na rua.

Fizemos uma relativamente longa viagem para o ir buscar, lá chegados percebemos que nos tinha saído um patudo giraço, preto, com umas manchas brancas no peito e nas patas.
Parece realmente um labrador mas disseram-nos logo que não era porque para ser puro não poderia ter manchas (who cares??) ... ainda hoje não sei se o abandonaram porque não queriam ter trabalho com ele ou se simplesmente perderam a vontade de o ter depois de perceberem que não era puro.

Estava preso com uma coleira num local pequeníssimo, tinha a gamela da comida e da água ao lado e fazia as necessidades ali mesmo ao lado.... quando lhe pegamos para vir embora nem se quiseram despedir do cão...aquilo caiu-me mal.

Portanto, faz amanhã 5 mesinhos (mas já está enorme), faz asneiras, foge quando começamos a ralhar com ele (parece que acha que é uma brincadeira, foge, saltita e sempre com a cauda a abanar) , aninha-se nas patas e olha para nós com cara de "cachorrinho abandonado" e abana a cabeça de um lado para o outro quando se apercebe que foi apanhado a fazer asneiras! E como é que podemos ficar sérios ou zangados?!


O nome? O nome é de uma figura canina da Disney...escolhido pela criança cá de casa ;)

sábado, 14 de novembro de 2015

Mais uma vez






Não há palavras para descrever o que estes ataques são. 
São mais do que um ataque a Paris, é um ataque à liberdade.


Ontem mais uma vez o coração ficou pequenino, o facebook marcou uns 12 amigos e familiares como estando "seguros"...e os outros?! Telefonamos para todos a meio da noite. 
No facebook alguns apareceram logo para dizer que estavam bem... 
Um "desaparecido" deu noticias passadas umas horas: estava dentro do estádio...
Felizmente todos os que conheço estão bem... mas morreram imensas pessoas e muitas mais ficaram feridas. A maioria com certeza ficará em choque durante algum tempo.


Como se reage a isto? Como se combate?




terça-feira, 10 de novembro de 2015

Regresso

Talvez nem exista mais ninguém aí desse lado para me ler... não seria de estranhar se assim o fosse, afinal deixei isto meses a fio sem nenhuma explicação.

O que se passou nos últimos meses foi uma miscelânea de coisas e situações... de sentimentos extremamente negativos e outros extremamente positivos.
Perdi pessoas, fiz frente a situações menos agradáveis, por vezes deixei-me estar na minha comiseração, noutras tentei levar o mundo às costas, por mim e pelos outros.
Vi mães a perderem os filhos, caramba. E vi filhos a perderem as mãe. Se numas mães a idade e o estado de saúde poderia de alguma forma indicar que isso poderia acontecer, noutras situações foi completamente inesperado. Mas que uma mãe veja o filho a morrer... devia ser impossível.

A vida tem-me ensinado umas coisas... entre elas, que não vale a pena adiar nada para amanhã. Se temos as condições necessárias, o melhor é não esperar pelas ideais e fazer aquilo que queremos. Aproveitar a vida, aproveitar os amigos, os filhos... as pessoas importantes. Aproveitar o dia "hoje".

Mas a vida também tem coisas boas. Temos de saber aproveitá-las.

Voltando àquilo que ocorreu nestes últimos meses:

Depois de um final de ano lectivo atribulado, um verão que teve tanto de bom como de péssimo, regressamos em força ás questões de estágio e afins...pois que até aqui a vida quis ensinar-me umas coisas...
Já depois de termos seleccionado os locais de estágio por ordem de preferência e os mesmos terem sido todos distribuídos (por preferência, médias, etc) eis que começamos a "ver navios" quando as diversas entidades, que tinham garantido a continuação dos estágios, decidem simplesmente terminar com os protocolos estabelecidos. Alguns locais não queriam continuar a receber, outros fecharam, outros queriam que a universidade lhes pagasse para que aceitassem estagiários... enfim...
Obviamente* que o meu local de estágio estava incluído nessa meia-dúzia de estágios que deixaram de existir (como não podia deixar de ser). Ora, só havia 2 possibilidades: ou nós que ficamos sem estágio retirávamos quem já tinha começado a estagiar dos locais (porque quem tinha melhor média teria sempre prioridade) ou então tínhamos que nos desenvencilhar a arranjar os nossos locais de estágio...

Mas, apesar de isto parecer uma comédia daquelas bem bem macabras... no final tudo acabou bem [tal como nos filmes]... Não só todos conseguimos estágio sem que ninguém tenha ficado sem estágios, como conseguimos bons locais de estágio. Eu acabei por ter mais sorte do que alguma vez esperei porque quando já quase não havia esperança (ou quase, vá, estou a ser dramática) tive a sorte de abrirem mais uma vaga para um excelente hospital perto de minha casa ;)

Portanto, de momento, estou a estagiar pertíssimo de casa, adoro o que estou a fazer e a minha orientadora do hospital é espectacular.
Além disso, o tema da tese está escolhido, já estou a fazer pesquisa e a desenvolver o protocolo para pedir as autorizações para as recolhas necessárias...

... e assim vai a vida :D




*Este "obviamente" advém do facto de eu ter a sensação que, se alguma coisa tem que correr mal algures à minha volta, hei-de estar sempre envolvida, seja como for.  É aquela coisa da Lei de Murphy ;) - neste caso talvez seja a "Lei da D. "


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Nojo

Se aquela imagem que passam constantemente daquela pobre criança morta fosse de algum chefe governamental desta Europa, o que aconteceria aos jornalistas que a publicitam?

Sim uma imagem diz mais que mil palavras, neste caso, creio que a imagem também diz muito do respeito que temos (ou da falta dele) e da vontade, quase promiscua, de fazer dinheiro de algumas pessoas.

Claro que choca, claro que nos faz ficar lavados em lágrimas, faz-nos sentir impotentes e cheios de pena...mas se fosse meu filho eu odiaria todas as pessoas que tivessem aproveitado aquele momento para beneficio próprio, para ganhar dinheiro. Fala-se muito das imagens que os pais publicam e partilham na rede mas sobre esta falta de sensibilidade e humanidade por parte dos media, ninguém diz nada?!

domingo, 14 de junho de 2015

Desabafo (ou "ainda não morri, mas quase")

Lata é avisarem uma miúda do grupo a comparecer porque precisam de falar com ela e ela (que nada fez para nenhuma cadeira no semestre, tendo ficado com 4 trabalhos feitos à nossa conta) nos dizer que será prejudicada no teste porque, como não trabalhou durante o semestre todo não percebe nada daquilo. Lata é ela disser que, para esse trabalho em específico, até via as actualizações que íamos fazendo para se inteirar da coisa, para tentar perceber o que nós tínhamos feito.
Latão é quando lhe dissemos que, tendo em conta tudo o que se tem passado, estávamos a pensar retirar o nome dela desse trabalho (os outros já tinham sido entregues) e a reacção da canalha miúda ser "só quero saber se sim ou sopas!"

Sopas, menina,sopas... e não digas que vai daqui porque já vais bem tarde....!

(melhor, melhor, só uma outra que teve a distinta lata de refazer uma parte de um trabalho de uma forma muito mal feita, andar a queixar-se que tinha trabalho imenso e que nós não fazíamos nada [a miúda fez 2 parágrafos num trabalho de 15 páginas...] para depois virmos a descobrir que tudo o que ela fez foi copy paste de um trabalho já feito.... ou seja, plágio!!!)


*A sorte é que isto já está a acabar... um dia destes conto-vos como afinal o meu maior sonho e expectativas virou uma das maiores desilusões: incluindo universidade, docentes, exigência dos mesmos e colegas (na sua maioria com a visão da vida - "se eu poder não fazer nada e ter os louros, melhor").

No meio disto tudo, ainda deu para conhecer algumas excelentes pessoas que acredito que venham a ser bons profissionais no futuro... a maioria lá continuará a passear os livros e a ser sustentado pelos papás.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Orgulho


Hoje o B. disse-me que gostava de ter uma tia (ele só tem um tio que é o meu irmão). Eu disse-lhe que ele tinha 2 tias emprestadas (2 amigas minhas que estão sempre a dizer-lhe isso e que assumem bem a função disso), para além disso tem a madrinha que é prima mas que também é como se fosse tia.
Vai e diz-me que sabe que tem mas que gostava mesmo de ter uma tia dele. E eu respondi-lhe que ele iria ter quando o tio arranjasse uma namorada.

Resposta dele: "Ou um namorado. E depois fico com 2 tios!" Com a maior naturalidade do mundo...

 Eu disse-lhe que provavelmente seria uma "tia", tendo em conta que o tio gosta de meninas. E ele responde-me que "também não tem mal se ele gostasse de meninos, pois não?"

A naturalidade com que ele percebe estas coisas e as aceita é impressionante (até porque cá por casa nunca ninguém lhe falou de homossexualidade e o R. é um homem :) )

Ainda recentemente numa conversa com a avó, ela ficou chocada com a publicidade da Coca-Cola onde tem um casal de homossexuais. Diz-lhe o meu filho "o que interessa é que as pessoas se amem"!!

Eu sei que isto pode chocar muito boa gente mas a verdade é que isto me deixa extremamente orgulhosa. A capacidade dele em aceitar as diferenças nos outros é algo que eu aprecio muito. Ele tem uma visão muito própria do mundo, vê o essencial, valoriza o essencial e isso para mim, será sempre motivo de orgulho.

(isto era para ser um blog de partilhas e registos pessoais, agora tornou-se num baby-blog ou será boy-blog - tendo em conta que o rapaz já não é baby??)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Amor

O tempo é escasso, foge-nos entre os dedos. O tempo urge-nos, stressa-nos, apressa-nos. Um dia damos por ela e já se passaram anos, a correria continua, o tempo não estica e eles crescem, vão crescendo e nós mal damos por ela porque andamos demasiado ocupados a correr, a cumprir objectivos, a cumprir metas, à espera, sempre ansiosos pelo futuro, preocupados com o futuro mas tão pouco atentos ao presente. 

Um dia espero voltar a este blog e sorrir ao lembrar-me destas músicas do dia de mãe:

(o colo da minha mãe)

(dia da mãe - a minha mãe)


Hoje, sentado no meu colo, depois do jantar, cantou:
"Só há um lugar no mundo onde está sempre tudo bem, é um lugar quente e fofinho é o colo da minha mãe" - e abraçou-me.

Pronto, era isto. Tenho pena de ver a vida a correr tão depressa e a ter tão pouco tempo para agarrar nestes momentos e poder prolongá-los.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Dizem que compensa...



Eu, neste preciso momento!

É em épocas como esta que eu graças aos santinhos todos por estar desempregada. Duvido muito que fosse capaz de fazer tudo o que preciso de fazer caso tivesse ainda mais um emprego... nem tudo é mau.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Afinal o que é? (update)

Já vos tinha contado aqui que estamos um bocado perdidos por não fazermos ideia do que o B. possa ter.

Tendo isto em conta, andamos também à procura de outras opiniões e ideias de outros especialistas. Recentemente a noiva dum primo meu (médica,  a estagiar na pediatria do hospital onde o B. anda a ser seguido) disse-me que não se importava de ver o processo dele e de até o mostrar aos orientadores dela para ver se eles conseguiriam descortinar alguma coisa.

Hoje ela respondeu-me. Nem ela, nem os orientadores fazem ideia do que possa ser, que a pediatra que o está a seguir já descortinou as supostas pistas  que se revelaram nulas e que também não conseguem imaginar o que possa estar por detrás.





sexta-feira, 20 de março de 2015

Dia da felicidade

Segundo o B., felicidade é:

"Quando estou com a minha familia todaaaaaa, os meus amigos, os meus carros, os meus brinquedos. Mas o mais importante são as pessoas."



segunda-feira, 16 de março de 2015

Quem não arrisca não petisca

Eu não sou pessoa de ser muito insistente, de não largar o "osso". Gosto de dar espaço às pessoas tanto quanto gosto que respeitem o meu espaço.
Mas nem sempre isso é algo bom.

Há uns anos atrás uma professora minha contava uma história duma rapariga, novinha, acabadinha de sair da universidade mas com uma ambição tal que era de meter inveja a muitos. Contava esta senhora que a rapariguinha tinha o sonho de trabalhar na empresa X e que durante vários meses tentou, sem sucesso, uma entrevista com o chefe-máximo lá do sitio. Claro que a rapariga enviara o Curriculum mas ela já antecipava não ser chamada, por isso, ia tentando a sorte de conseguir uma reunião com o boss para ver se a coisa lhe corria melhor. Volvidos uns bons meses e sem sucesso, a rapariga passou basicamente a stalker deste senhor, onde concluiu que o senhor ia todos os dias, a uma determinada hora lanchar, num determinado sitio. Munida com o seu CV e uma coragem (lata?!) total, aproximou-se do senhor, sentou-se de imediato à sua frente (sim sim a lata é uma coisa só para alguns) apresentou-se, contou o que já tinha feito para conseguir trabalhar para a sua empresa, o que achava que poderia dar à empresa e o motivo de o andar a seguir. Se movido pela beleza da moça, se movido pela sua persistência intensa, a verdade é que a rapariga começou a trabalhar 3 dias depois (se fosse nos EUA poderia ter levado uma ordem de restrição... just saying).


Esta é daquelas histórias que volta e meia me assolam à mente, principalmente quando estou perante pessoas "inacessíveis" e quase que me inibo, inconscientemente, de optar por certos caminhos só porque acho que não vou conseguir. É uma espécie de campainha mental para eu me esforçar mais, dar mais de mim, ser mais chata, ter mais lata. Afinal o que tenho a perder?! O "não" está garantido mas o "sim", esse, só passa a ser uma possível resposta caso arrisque!

(Hoje recebi um e-mail, que quase não enviei, com toda a documentação que preciso para um trabalho, assim como autorização para a utilização do mesmo para fins académicos! E eu que pensava que seria impossível...)

sábado, 14 de março de 2015

Eu também gosto de fins-de-semana prolongados

Que me desculpe quem está nisto da greve por amor à causa mas não é MUITO estranho que todas as greves calhem de forma a ficarem com fins-de-semana prolongados? Eu cá acho MUITO estranho. Lamento.

Já agora, também acho muito estranho que depois de tanto mês à espera [8 MESES] de uma consulta no otorrino do hospital público, me tenham telefonado na 4ª feira, à pressa para marcarem uma consulta em cima do joelho para 6ª-feira. Logo para esta 6ª-feira onde eles não apareceram para trabalhar...
Já agora, isto dá para especular se não andaram a marcar consultas para depois parecer que ficou muita gente sem consulta, dá para especular se não andaram a desmarcar aos amigos (para eles não irem ao engano) e a marcar aqueles cujo prazo para a consulta está a chegar pertinho do limite legal!! Já agora, será que agora o tempo de espera voltou à estaca zero? Vocês terão mais 9 meses para chamar a criança ou só mais um*?!



* Este hospital que falo esteve recentemente nos noticiários por marcar operações e depois as desmarcar para ganhar tempo.


Adenda: tenho que dar os parabéns à escola do B. onde, mais uma vez, colocaram o bem-estar dos miúdos à frente do efeito surpresa da greve e avisaram os pais que a escola não iria funcionar. Se haverá muitos a acreditar que isto vai contra os princípios da greve? Pois haverá. Mas depois há aqueles que são humanos, que sabem que não estão a trabalhar com máquinas e que tem consideração pelos alunos e pelo bem-estar dos mesmos.

domingo, 8 de março de 2015

Ela não se lembra

Fui visitá-la naquele lugar estéril. Detesto vê-la lá. Um quarto minúsculo onde colocaram 2 camas de solteiro, 2 mesas de cabeceira e um aquecedor. Ao lado dela está uma senhora que grita durante a noite e dia, que nos chama os nomes de quem eu acredito serem seus familiares. Não há televisão, ela diz que não faz falta, que já não vê muito. Nós dizemos que lhe podemos trazer um rádio, ela recorda-nos que já lhe trouxeram um e que está guardado na mesa de cabeceira. Ela está deitada na semi-obscuridade porque já não tolera os raios de sol, raramente se levanta, mal aguenta as dores que os bicos de papagaio e a coluna deslocada lhe provocam mas não quer ficar confinada à cama.

Falo com ela, pergunto-lhe como está. Ela diz-me que tem uma orelha infectada porque andou a coçar uma borbulha e que rebentou. Ela não pediu ajuda porque não gosta de incomodar e agora tem a orelha com uma ligadura.
O B. dá-lhe um beijo, ela diz "meu rico menino, está tão grande" e nós falamos mais um pouco. Sobre tudo, sobre nada. Nunca me esforcei tanto para manter um diálogo, para introduzir temas e coisas animadas na conversa. Ela diz-me outra vez que tem uma orelha infectada porque andou a coçar uma borbulha e que rebentou... repete isto mais umas 3 vezes enquanto lá estou. Ela não se lembra que já o tinha dito e nós "fingimos" que não sabíamos...

Hoje a conversa foi um pouco diferente. Por norma ela lembra-se do passado, hoje ela disse que não se lembrava se tinha chegado a ser operada às cataratas ou não e eu disse-lhe que sim, que tinha ficado comigo na altura. Ela ficou admirada quando lhe falei do tempo em que ela viveu comigo enquanto eu estava grávida. Ela não se lembra. Depois pediu-me desculpa por não se lembrar e começou a chorar.

Gostava tanto de poder fazer alguma coisa por ela, de ter dinheiro para a ter em minha casa comigo. Custa-me tanto ouvi-la dizer que quer morrer, que não quer sofrer mais, que não está cá a fazer nada...custa-me tanto que os meus tios não me deixem fazer mais por ela, que me cortem as pernas.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Afinal o que é?


A criança tem vindo a ser acompanhada numa especialista nas questões digestivas no hospital cá da zona. Primeiro a dita pediatra pediu para deixar de lhe dar produtos de soja e passar para os sem lactose, depois  pediu para lhe retirar os produtos sem lactose e passar somente a dar produtos de soja (um tanto tentativa-erro). Os com lactose já foram introduzidos uma vez e assim que obtivemos resposta adversa (inchaço e diarreia) paramos logo de lhe dar os produtos com lactose.

As primeiras análises disseram que ele não era intolerante à lactose mas, tendo em conta as queixas a médica decidiu pedir umas análises mais exaustivas.

Hoje a médica informou-me que essas análises foram pedidas porque ela tinha quase a certeza que ele tinha a doença celíaca e que foi para confirmar as suas suspeitas. Só que afinal as análises só revelam que ele não tem doença nenhuma, não tem alergia alimentar nenhuma, que não é intolerante a nada.
Estas análises afirmam que  o meu filho está bem, sem qualquer problema, saudável que nem um pêro.

Só que na realidade, de vez em quando, a barriga dele fica assim (e ele fica, frequentemente, com dores de barriga):




A médica não tem explicação para isto.
Agora vai fazer raio-x para ver o que se passa mas ela diz que não tem pistas. E vou ter que fazer um diário com as fotos da barriga, associando à informação sobre as fezes dele.

Alguém já viu (ou passou) por algo do género? Alguém tem alguma dica sobre o que poderá ser?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

SOS Toking

Durante a idade da parvalheira eu e a Susana éramos amigas, fomos muito próximas e sempre pude contar com ela. Foi das amizades mais sinceras que já tive na vida e ela foi, sem dúvida, das melhores pessoas que já conheci.

Já em escolas diferentes, com horários diferentes passamos a estar muito raramente juntas. Isto aconteceu num tempo em que ter saldo no telemóvel era uma coisa pouco frequente, chamadas ou mensagens gratuitas ainda eram um sonho bem distante e os telemóveis serviam-nos para pouco mais do que receber as chamadas dos nossos pais e o saldo estava reservado para as chamadas de emergência (para os mesmos).

Há uns 12 anos, num sábado, a Susana mandou-me um SOS Toking. Era a nossa forma de comunicar. Enviávamos SOS Tokings ou dávamos toques só para dizer que nos lembrávamos da outra, que estávamos lá apesar de não estarmos juntas. Quando o recebi pensei em responder mas estava a limpar a casa (e a minha mãe detestava ver-me com o telemóvel) e, depois, esqueci-me. Não lhe respondi.

Uma semana depois a Susana foi atropelada e nunca mais tive oportunidade de responder.

Haverá poucas coisas nesta vida que me terão perseguido durante tanto tempo como aquele Toking não respondido. Não me conseguia perdoar o facto de não lhe ter retribuído, o facto de me ter esquecido dela, o facto de ter perdido a última oportunidade de comunicar com ela.

Hoje ao ler um segredo no Shiuu lembrei-me dela, também eu nunca apaguei o número dela, ele desapareceu uma vez quando apanhei um vírus, uns bons anos depois.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Relatos na primeira pessoa

Hoje ouvi uma Brasileira que está a fazer Erasmus em Portugal a dizer umas coisas que me deixaram mesmo pensativa.

A rapariga é de S. Paulo e dizia ela que tinha estranhado algumas coisas que por cá se fazem.
Diz ela que por lá as pessoas não saem até tarde por receio de serem assaltadas, a maioria está em casa ainda antes das 22h (antes de escurecer) e que permanece lá durante toda a noite; a maioria das pessoas tem várias fechaduras, portas grossas e tendem a ter tudo trancado; disse-nos que as pessoas não se juntam em praças, que não ficam em esplanadas porque se sentem demasiado expostas, inseguras e com medo de serem assaltadas, levadas por arrastões ou que sejam atingidas por balas perdidas. Em suma, disse-nos que todos estão constantemente com medo, sempre alerta mas nem se apercebem disso porque é o normal, a única coisa que conhecem.

Eu não tinha noção que lá era assim.
Disse-nos ela que tinha ficado muito admirada porque as pessoas cá não trancam as portas, só as batem (ou no máximo, trancam mas só com uma fechadura), que ficou espantada por ver os alunos a conviver nas esplanadas, a andar livremente pelo campus universitário, assim como o facto de estarem sentados nas praças, com as coisas pousadas ao seu lado sem grandes medos ou cuidados. Disse que era impossível fazer isso em S. Paulo, que ninguém ficava assim tão exposto durante mais de 5 minutos por lá, que as pessoas se sentem vulneráveis, passíveis de serem atacadas a qualquer momento.
Disse que se sentia segura, livre e que tinha saído dela um enorme peso psicológico, que deixou de olhar para trás, que deixou de estar sempre alerta. Diz que se sente livre por não ter que controlar sempre as horas para ir para casa (porque lá queria chegar a casa sempre antes de escurecer), que não se sente insegura pelo caminho, que não tem medo de o percorrer sozinha. Diz que nunca se tinha sentido assim.
E se isto poderia ocorrer somente por ser uma cidade mais afastada das confusões a verdade é que ela nos disse que fora a Lisboa passar uns dias, sozinha, e que tinha tido a mesma sensação: de segurança.

É impressionante ouvir isto na primeira pessoa. Nunca pensei que houvesse assim tantas diferenças.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Um dia vou querer lembrar-me disto


Aproximo-me para lhe dar um beijo de boa-noite, ele coloca ambas as mãos ao redor da minha face, puxa-me para ele, olha-me nos olhos e diz "nunca saias da minha vida".


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Saudade


Dizem que os amigos são a família que se escolhe, felizmente por vezes a família também são os amigos que não se escolheram.

Este fim-de-semana vai ser mais ou menos assim, só que não é com o R. é com o meu maninho. Voltou para o bem-dito dia da defesa nacional, que agora é obrigatório.


Quem ficou mais em pulgas do que eu foi a criança cá de casa que, ultimamente, sempre que se lembra do tio desata numa choradeira imensa e só acalma quando fala com o dito ao telefone.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Abandonar os estudos

Quando acabei o secundário tinha uma média razoável mas não consegui entrar na universidade que queria (2 décimas que me frustraram bastante) mas entrei em Coimbra (no curso que queria). Não fui. Não tinha dinheiro para me sustentar lá, os meus pais também não.
O meu pai ofereceu-se para emigrar de novo para me pagar os estudos mas eu não aceitei. Todos na minha família se insurgiram, muitos disseram que era porque queria uma desculpa para me juntar com o R., outros acharam que eu estava a ser estúpida e orgulhosa. Na realidade não aceitei porque o meu pai tinha recebido um diagnóstico pouco antes de voltar para Portugal de vez: mais 5 anos naquele trabalho e naquelas condições e ele seria muito provavelmente condenado a viver o resto da vida numa cadeira de rodas.

Por isso, a minha decisão prendeu-se entre o meu curso, o meu sonho e a grande probabilidade de ver o meu pai numa cadeira de rodas por minha culpa, para sempre.

Eu escolhi seguir a minha vida por outra via, não tinha futuro em casa dos meus pais e nada me prendia aquele lugar, juntei-me com o R., tínhamos planos para trabalhar, ganhar dinheiro e então investir na minha formação. Infelizmente a vida puxou-me o tapete e acabei dependente do R. durante um largo período de tempo. Felizmente entre a bolsa da DGES e as bolsas de mérito que tenho conseguido alcançar, tenho conseguido pelo menos suportar as despesas com a minha educação, com o meu curso. Mas não deixo de me sentir incompetente muitas vezes, de me sentir um fardo, um empecilho que não contribui. Adiante...

É com muito bons olhos que vejo esta iniciativa: "AMI cria fundos para ajudar estudantes a pagar propinas".

Acho que muitas pessoas encaram todos os estudantes como uns malandros que andam lá a passear e a gastar o dinheiro dos pais. Se os há? Sem dúvida (nunca tinha encontrado tantos como este ano...) mas a realidade é que há lá muitos a dar o litro também, preocupados com o que os pais andam a gastar com eles, alguns tentam trabalhar (nem todos conseguem trabalho), tentam poupar o mais que podem e muitos não sabem se poderão continuar ou não até finalizar os estudos, outros são obrigados a desistir.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A estudar para exames

Estou a ver um video no youtube onde aprofundam questões que não foram muito explicadas em aula.
De 12 minutos juro que uns 5 minutos são com:
-Yeah.
-Yeah.
-Yeah.
-Yeah.
....
(o link foi dado pela prof)


Adenda: Reparei agora que isto pode ser interpretado de várias formas...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

OLX

As maravilhas do olx:
O facto de uma pessoa conseguir encontrar uma peça para o carro a 80€ quando o orçamento para a mesma era de 300€, usada.
Ora ir a Guimarães e voltar terão sido uns 15€ com combustível e portagens incluídas. No final, já dizia o outro, "é só fazer as contas".

[Eles bem que me podiam começar a pagar pela publicidade que eu lhes faço :P ]

Do meu irmão

Tinha o meu irmão uns 2/3 aninhos quando a minha mãe, que já tinha tentado várias técnicas para retirar a chupeta ao rapaz, ouviu uma dica de alguém.

Portanto, certo dia, vai e coloca pimenta na chupeta do meu irmão. Sim, pimenta (posso dizer-vos que senti pena do meu irmão e achei aquilo uma péssima ideia?). Na realidade nenhuma de nós esperou ver o que se seguiu:

O meu irmão pega na chupeta e mete-a na boca. Faz cara feia mas não a mete fora, chucha durante mais algum tempo. Passado um bocado tira-a da boca, vira-se para a minha mãe e diz: "mais".


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo

Este ano, num trabalho de grupo, uma rapariga estava sempre a comparar o que nós fazíamos ou queríamos fazer com um outro grupo. Era o "ai mas eles estão a fazer A", "mas não era melhor fazermos B porque é o que eles vão fazer"... e por aí fora.

Chegou a um dia em que eu assistia enquanto elas trabalhavam para uma outra cadeira (eu fiz trabalhos com várias pessoas), as outras raparigas argumentavam que  não fazia sentido usar o que ela queria e vem ela e diz outra vez "mas eles (o tal grupo) estão a usar!"

E foi quando eu lhe disse "por acaso não estamos" e foi também quando percebi que ela dizia aquilo, não só por andar a tentar imitar e fazer exatamente o mesmo que o tal grupo, mas também quando não tinha argumentos para levar a dela avante.

A reacção dela? Olhou para mim, fez uma expressão estranha (acho que foi porque foi apanhada): "ah... pois... tu fazes esse trabalho com eles, não é?".
- É.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Um dia vou querer lembrar-me disto

Hoje o dia correu mal à minha criança. 
Ora os 2 amigos das brincadeiras não o deixaram ser o Mate (dos Cars) porque um deles queria mas só quis depois do B dizer. A criança sugere outra brincadeira, o Homem Aranha, mas não o deixam ser dizendo-lhe que ele tinha que ser o mau. Ele diz que  faz de mau se, a seguir, puder ser o Homem Aranha, os miúdos lá lhe dizem que não, que ele tem que ser sempre o mau.

Pois e o que faz ele?
Sugere uma outra brincadeira: "escondidinhas".
E o que fazem eles?
- Pois sim, está bem mas és tu a contar.

Ora a minha criança disse que sim. Contou. Deixou-os esconderem-se e depois... foi brincar com uma outra menina e disse-lhe "enganei-os!"

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hospitais e coisas afins

Telefonei hoje para o hospital de onde nunca mais chega uma carta com marcação de consulta para o Otorrino.

Fiquei a saber que:

a) O pedido só entrou no sistema em Julho/2014 (deve ter-se perdido pela net, uma vez que eu vi a minha médica de família a fazer o pedido e a colocá-lo no sistema mesmo à minha frente).

b) Oficialmente estamos há espera há 6 meses.

c) Em principio lá para março é que a consulta irá ser marcada (em principio).




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Eu, a gripe e o meu organismo

Antes de ter entrado em fase de gripe tinha começado a fazer dieta e andava a pesar-me todos os dias (eu sei que não se deve), ora no fim-de-semana em que excelso pai teve cá em casa fez muitas coisas boas (e que engordam para xuxu). Ora o meu querido pai fez-me:
- Chá de limão carregado de mel e obrigou-me a bebê-lo todo (umas 5/6 vezes ao longo do fim-de-semana)
- Fez um bolo enorme de chocolate para o meu filho (e obrigou-me a comer 1/4 durante o fim-de-semana)
- Fez sopa com massa, batata, arroz e carne, fora os restantes ingredientes e deu-me aquilo em 3 refeições
- Fez um assado de vitela e encheu-me o prato com o dito (batatas e arroz com fartura)

Ora eu não andava com fome, facto, mas o meu pai não quer saber e se eu lhe falasse em dieta acho que me batia (quando estamos doentes a dieta tem que ir ao ar) e o senhor meu pai não aceita não como resposta quando nós estamos doentes: é para comer e ponto final.

[Quero só relembrar que eu só me levantava para comer e tornava a deitar.]

Querem saber qual foi o resultado disso (que eu pesei-me assim que me assolou ao espirito as possíveis consequências do regabofe)?!

Pois que eu emagreci 3kgs nesse fim-de-semana. Só nesse fim-de-semana e entretanto o meu peso está estável.
Alguém me explica isto?!

Um dia vou querer lembrar-me

(Conversa entre pai e filho)

R: Já tens namorada?
B: Sim. Duas!
R: Duas? Mas só devias namorar com 1 menina de cada vez...
B (indignado): E se uma delas morrer???

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ironias da vida

Na 6ª-feira à noite estava a falar com o R. e dizia-lhe que não percebia como é que alguém poderia comparar as dores de ouvidos à dor de parto (estava-me a doer bastante os ouvidos). Disse-lhe eu que "ok. dói muito mas não é tanto".

Umas horas depois, depois de enfardar com o ben-u-ron e brufen e passar a noite toda com dores horríveis, cada vez mais extremas lá tive que telefonar ao meu pai quase de madrugada (a chorar de dores) enquanto lhe pedia para vir cuidar do meu filho porque eu estava incapaz de o fazer (é que estávamos os dois com gripe e febre).

Não me considero particularmente picuinhas com as dores e, sinceramente, a última vez que lembro de ter estado com tantas dores foi efectivamente quando fui ter o meu filho.

Quando era miúda ter dores de ouvidos era o meu "pão de todas as gripes", depois enquanto adulta as dores de ouvidos foram sendo mais escassas e só as dores de garganta são um mal habitual. Não me lembrava o que era ter dores de ouvidos "a sério", nem tinha medicação própria para combater o problema. Agora já me lembro. Nunca mais na vida "gozo" com a comparação.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Em Paris

Vive e trabalha o meu primo (jornalista), mulher (jornalista) e filha de meses. Vivem 3 primos directos, 4 de segundo grau.

Eles estão bem mas isto é uma merda (e desculpem-me lá o termo mas é).
Não sabermos o que podemos encontrar quando saímos à rua é uma merda, não podermos ter opiniões é uma merda. Não saber aceitar umas caricaturas é uma merda e vir para a Europa, viver (muitas vezes) à custa dos estados europeus, ser aceite e ter a possibilidade de manter a sua identidade religiosa e cultura, no entanto, achar-se no direito de menosprezar a dos outros, achar-se no direito de obrigar os outros a seguir os ideais alheios, num país que não é o vosso é somente uma coisa: racismo! E se eu não gosto de ver o racismo praticado contra os emigrantes lamento mas acho exatamente o mesmo - nojento - quando esse racismo provém dos indivíduos alheios ao país para com o país que os acolhe.

Mandar-vos-ia para um belo sitio com um grande vontade, no entanto, neste momento só me apetece dizer: Não gostam da Europa? Não gostam de ideais europeus? Não gostam da liberdade de expressão??? Ide para a vossa terra, voltai para as condições que tinham se eram tão boas e se é tudo tão bom, voltem! Ide para lá ser extremistas, xenófobos e racistas! Alguém vos obriga a ficar? Mas ficando, era bom que alguém lhes fizesse ver que não estão acima da lei, que nenhuma lei se vergará para eles e que, ficando cá, os direitos serão tantos quantos os deveres e qualquer desrespeito deveria ser punido com a expulsão do país. Ponto. E, sendo feitas estas leis, já são feitas demasiado tarde.
(E, para ser mesmo ideal era que eles não tivessem o direito de fazer isto em lado nenhum, infelizmente, ainda vão tendo em muitos países).

Meus caros, não sejamos burros, pensam que os emigrantes (sejam eles quais forem) são bem tratados quando vão para os países alheios e não respeitam a cultura, a religião, os costumes? Não são. São convidados a sair. A Suiça prova-o com deportações perante emigrantes que não queiram trabalhar, com leis que não beneficiam os malandros e deportando emigrantes que cometam crimes graves. No entanto, estes grupos em particular tem vindo a conseguir que sejam alteradas leis (só em Inglaterra alteraram-se umas quantas), têm-se imiscuído na Europa, desprezam quem não segue os seus ideais e vão diariamente fazendo pressão em todos os outros, os que são de cá. Se a Europa, em vez de fazer vista grossa e alterar várias leis para dar direitos a quem não quer deveres, os obrigasse a respeitar os de cá talvez, só talvez, estas coisas, estes crimes não se estivessem a tornar assim tão comuns.

Hoje soube-se isto porque foi "extremo" mas há assassinatos e repressões constantes a quem não é ou não segue as ideologias destes extremistas.
Quem conhece pessoas em França e Inglaterra poderá comprovar que há locais onde não podem ir mulheres/raparigas sozinhas. Por exemplo, em Paris há ruas onde nenhuma rapariga se atreve a ir de dia, a menos que esteja acompanhada. Há bairros inteiros "fechados" onde quem não for muçulmano não será bem tratado. Há grupos que se juntam e violam raparigas que não usam a burka. Pois. Chamam p*** e outras coisas bonitas mesmo quando elas estão com roupa "largas", com calças de ganga mais justas e t-shirt as miúdas já nem se atrevem a passar perto desses locais... e dizem que essas mulheres querem que eles as violem (pois...! Então não...!). São vitimas de repressão, bullying, intimação pelo simples facto de não serem como eles.  Há relatos de estes grupos extremistas se meterem no metro em França, à noite, procurando vítimas para atacar. Pois, procuram os problemas, literalmente!
Há, neste momento em França, pelo menos um português, em coma, sem perspectiva de voltar a acordar bem (nunca voltará a ficar bem, nunca mais voltará a ser a pessoa que sempre foi) porque, numa saída à noite no metro em Paris, defendeu uma rapariga dum grupo destes - bateram-lhe quase até à morte. Eu conhecia-o. Quantos terão já morrido nas mãos destes extremistas e quantas histórias não ficam perdidas sem que ninguém as conte?
Na Suécia foram banidas as bandeiras SUECAS das escolas porque a bandeira era "ofensiva para alguns grupos" - mas viver na Suécia já não é ofensivo? Conviver com suecos? Viver com os direitos do país não é ofensivo para "esses grupos".

Sinceramente, para mim, estas pessoas, estes extremistas ou aprendem a ser gente ou podem ir ser animais para outros lado. Aprendam a respeitar os outros como os europeus vos têm respeitado. Pelo menos até agora. Se têm o direito de se tapar, os europeus têm o direito ao nudismo se lhes apetecer sem serem sujeitos ao vosso racismo e intolerância. Qualquer pessoa deveria ter o direito de se vestir como quer, de ter opinião, de ser ateu ou pertencer a qualquer religião sem ter medo de morrer por isso.


"A minha liberdade termina quando começa a do outro".
Ponto.
Gostam? Muito bem, totalmente bem-vindos.
Não gostam? Ide embora!
"

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O ano começa com limpeza...

...da alma, do corpo e das prateleiras.

Não tenho muitas resoluções para 2015 mas algumas são:

1) Perder, pelo menos 8 quilos. São os 3 que ganhei desde a entrada para o mestrado, os 2 do natal (coisa maravilhosa) e os outros 3 são aqueles que acumulei desde o ano passado e não me consegui livrar deles! Estou oficialmente acima do meu peso recomendado, com o IMC acima do peso recomendado e a dar-me cabo da paciência. Estou a pesar quase tanto como na gravidez e isso não pode ser. Não sei como ainda entro nas minhas calças e roupa habitual!
 [Este ponto é capaz de ser particularmente difícil uma vez que passei o semestre todo a almoçar sopa e salada e a "coisa" manteve-se numa subida a pique, agora que tenho mais dois exames pela frente ainda estou para ver se o meu organismo me ajuda a perder peso... eu cá tenho sérias dúvidas. Os 2kg do natal são culpa minha, obviamente, que prevariquei nas doçarias em vez de me abster totalmente das mesmas]

2) Limpar a alma. Isto é um trabalho contínuo. Fujo das pessoas falsas, das pessoas maldosas ou daquelas que me parecem como tal. Depois de se mostrarem falsos uma vez, para comigo ou para supostos amigos seus, eu corto o laço e as relações, evito estar ou falar com essas pessoas. Detesto sonsos, falsos ou hipócritas. Se não me agradam não faço frete, nem quero. Sejam familiares ou novos conhecidos. Os "amigos" que tinha assim já se foram há muito (pelo menos, acredito que sim)

3) Das prateleiras: Tinha demasiada tralha em casa. Hábitos adquiridos de outros tempos, coisas que só cá estavam porque sim, sem qualquer função ou possibilidade de voltarem a ser usados e que não traziam qualquer mais-valia.  Ano novo, vida nova. Separei roupa, alguns livros e tralha. Coloquei no OLX algumas coisas, doei outras tantas e o que restou foi para a reciclagem.


Para além destes objectivos tenho outros, básicos mas essenciais: saúde, conseguir cumprir objectivos, ser feliz, ter dinheiro suficiente para viver, etc.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2015


O que um ano de vida faz...
Há um ano atrás, o final do outro ano, foi péssimo. Desejava muitas coisas para o ano 2014 e claro que nem todas se concretizaram. O que mais "mossa" me fez foi realmente não ter conseguido trabalho, não verdadeiramente. De resto, houve alguns momentos maus mas sem muitos dramas. Mas, em termos gerais, 2014 foi dos melhores anos da minha vida. Não por nada em particular mas porque, somando todas as "pequenas" coisas boas que me aconteceram foram, sem dúvida, muito superiores às más. Entrar no curso que queria foi a cereja no topo do bolo!


Feliz 2015 para vocês! 
Desejo-vos um excelente ano!



(sim, eu tenho uma ligeira panca pelos minions)