segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Coisas que ainda não partilhei...

Mora cá em casa um cãozinho (neste momento já é mais "cãozão").

Algures em Julho recebemos a chamada de um vizinho  a dizer-nos que havia um senhor que tinha um cão para dar. Dar não será a palavra certa: tinha um cão para despachar. Não o queria em casa e se ninguém o fosse buscar, ameaçava que o ia simplesmente abandonar na rua.

Fizemos uma relativamente longa viagem para o ir buscar, lá chegados percebemos que nos tinha saído um patudo giraço, preto, com umas manchas brancas no peito e nas patas.
Parece realmente um labrador mas disseram-nos logo que não era porque para ser puro não poderia ter manchas (who cares??) ... ainda hoje não sei se o abandonaram porque não queriam ter trabalho com ele ou se simplesmente perderam a vontade de o ter depois de perceberem que não era puro.

Estava preso com uma coleira num local pequeníssimo, tinha a gamela da comida e da água ao lado e fazia as necessidades ali mesmo ao lado.... quando lhe pegamos para vir embora nem se quiseram despedir do cão...aquilo caiu-me mal.

Portanto, faz amanhã 5 mesinhos (mas já está enorme), faz asneiras, foge quando começamos a ralhar com ele (parece que acha que é uma brincadeira, foge, saltita e sempre com a cauda a abanar) , aninha-se nas patas e olha para nós com cara de "cachorrinho abandonado" e abana a cabeça de um lado para o outro quando se apercebe que foi apanhado a fazer asneiras! E como é que podemos ficar sérios ou zangados?!


O nome? O nome é de uma figura canina da Disney...escolhido pela criança cá de casa ;)

sábado, 14 de novembro de 2015

Mais uma vez






Não há palavras para descrever o que estes ataques são. 
São mais do que um ataque a Paris, é um ataque à liberdade.


Ontem mais uma vez o coração ficou pequenino, o facebook marcou uns 12 amigos e familiares como estando "seguros"...e os outros?! Telefonamos para todos a meio da noite. 
No facebook alguns apareceram logo para dizer que estavam bem... 
Um "desaparecido" deu noticias passadas umas horas: estava dentro do estádio...
Felizmente todos os que conheço estão bem... mas morreram imensas pessoas e muitas mais ficaram feridas. A maioria com certeza ficará em choque durante algum tempo.


Como se reage a isto? Como se combate?




terça-feira, 10 de novembro de 2015

Regresso

Talvez nem exista mais ninguém aí desse lado para me ler... não seria de estranhar se assim o fosse, afinal deixei isto meses a fio sem nenhuma explicação.

O que se passou nos últimos meses foi uma miscelânea de coisas e situações... de sentimentos extremamente negativos e outros extremamente positivos.
Perdi pessoas, fiz frente a situações menos agradáveis, por vezes deixei-me estar na minha comiseração, noutras tentei levar o mundo às costas, por mim e pelos outros.
Vi mães a perderem os filhos, caramba. E vi filhos a perderem as mãe. Se numas mães a idade e o estado de saúde poderia de alguma forma indicar que isso poderia acontecer, noutras situações foi completamente inesperado. Mas que uma mãe veja o filho a morrer... devia ser impossível.

A vida tem-me ensinado umas coisas... entre elas, que não vale a pena adiar nada para amanhã. Se temos as condições necessárias, o melhor é não esperar pelas ideais e fazer aquilo que queremos. Aproveitar a vida, aproveitar os amigos, os filhos... as pessoas importantes. Aproveitar o dia "hoje".

Mas a vida também tem coisas boas. Temos de saber aproveitá-las.

Voltando àquilo que ocorreu nestes últimos meses:

Depois de um final de ano lectivo atribulado, um verão que teve tanto de bom como de péssimo, regressamos em força ás questões de estágio e afins...pois que até aqui a vida quis ensinar-me umas coisas...
Já depois de termos seleccionado os locais de estágio por ordem de preferência e os mesmos terem sido todos distribuídos (por preferência, médias, etc) eis que começamos a "ver navios" quando as diversas entidades, que tinham garantido a continuação dos estágios, decidem simplesmente terminar com os protocolos estabelecidos. Alguns locais não queriam continuar a receber, outros fecharam, outros queriam que a universidade lhes pagasse para que aceitassem estagiários... enfim...
Obviamente* que o meu local de estágio estava incluído nessa meia-dúzia de estágios que deixaram de existir (como não podia deixar de ser). Ora, só havia 2 possibilidades: ou nós que ficamos sem estágio retirávamos quem já tinha começado a estagiar dos locais (porque quem tinha melhor média teria sempre prioridade) ou então tínhamos que nos desenvencilhar a arranjar os nossos locais de estágio...

Mas, apesar de isto parecer uma comédia daquelas bem bem macabras... no final tudo acabou bem [tal como nos filmes]... Não só todos conseguimos estágio sem que ninguém tenha ficado sem estágios, como conseguimos bons locais de estágio. Eu acabei por ter mais sorte do que alguma vez esperei porque quando já quase não havia esperança (ou quase, vá, estou a ser dramática) tive a sorte de abrirem mais uma vaga para um excelente hospital perto de minha casa ;)

Portanto, de momento, estou a estagiar pertíssimo de casa, adoro o que estou a fazer e a minha orientadora do hospital é espectacular.
Além disso, o tema da tese está escolhido, já estou a fazer pesquisa e a desenvolver o protocolo para pedir as autorizações para as recolhas necessárias...

... e assim vai a vida :D




*Este "obviamente" advém do facto de eu ter a sensação que, se alguma coisa tem que correr mal algures à minha volta, hei-de estar sempre envolvida, seja como for.  É aquela coisa da Lei de Murphy ;) - neste caso talvez seja a "Lei da D. "