sábado, 11 de junho de 2016

I am back

...ou diria, vim só cá dar uma espreitadela e espero não desaparecer outro meio ano...

Provavelmente não tenho estofo para esta coisa dos blogues ...sou fraquinha, fraquinha a dar updates.


Encontro-me neste momento a 15 dias de finalizar o meu estágio.
Estagiei num hospital público. Tive o prazer de conhecer pessoas fantásticas que mereciam receber o triplo do seu salário. Conheci alguns que deveriam ser despedidos. Desfiz algumas ideias pré-concebidas e adorei quase todos os segundos que lá passei até agora.

Acima de tudo, contra tudo o que esperava, acho que criei ali extrema empatia com praticamente todos os meus colegas (quase que me arrisco a dizer algumas boas amizades que acredito venham a perdurar...só o tempo o dirá), conheci pessoas maravilhosas que me foram dando apoio, tive a melhor orientadora que poderia ter desejado: encorajadora, exigente, compreensiva e além de óptima profissional, também é óptima pessoa.

Agora, a 15 dias de finalizar o estágio, ando com um imenso nó na garganta.
Queria continuar lá, trabalhar lá. Melhorar o serviço, implementar ideias (e de preferência receber por isso obviamente).

Percebi também que afinal até tenho jeito para aquilo, que afinal até sou capaz de aplicar na prática o que aprendi e...milagre (!), sair-me bem a fazê-lo.

Sinto-me ambivalente em relação a tudo.
Adoro o facto de me dizerem que me querem lá (mas cunhas maiores outros interesses se sobrepõem), adoro o facto de me ter conseguido integrar tão bem com aquela equipa, adorei perceber que não, nem todos os locais de trabalho estão pejados de pessoas invejosas e com vontade de nos fazer mal - até bem pelo contrário pois tive muita ajuda e compreensão de todos, principalmente quando o meu filho foi operado e tive de faltar uns dias quase do "nada".
Adoro o facto de me terem dito que não queriam que me fosse embora, não que quem me diga isso mande alguma coisa mas... é tão bom de ouvir!
E sinto-me imensamente triste.
 Depois de perceber que amo fazer aquilo que faço, perceber que até tenho jeito para a "coisa", perceber que quem me supervisiona me considera boa profissional e adorar todo o ambiente e pessoas ao meu redor...pois que estou a 15 dias de dizer adeus. E isto custa. Muito.

(Portanto vim cá ao meu "muro das lamentações", depois de meio ano sem dar sinais de vida, só para dizer que preferia estar tão ocupada como estive até agora, sem tempo para vir cá ou quase para ter vida própria, do que ter de abandonar aquele local).

Ps: A Tese continua a estar terrivelmente atrasada e já não a entrego na primeira fase...

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Estágio

As maravilhas de estar a estagiar é que em tudo se assemelha a um local de trabalho, tirando aquela "pequena" questão da remuneração... Não que não esteja a gostar (porque estou mesmo a adorar) só que já que não tenho umas coisas gostaria de ter, pelo menos os meus outros direitos assegurados.

Como se diz "não" quando nos pedem para ir trabalhar estagiar nas nossas férias por motivos óbvios de falta de pessoal?
É uma coisa que terei de aprender.
Não será este ano que vou aprender isso de certeza.

Não haveria problema nenhum se a tese não estivesse hiper-atrasada, se eu não tivesse a casa cheia de pessoas no dia 24 e 25 de dezembro e se não tivesse gente cá por casa no dia 30 e 31...



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Coisas que ainda não partilhei...

Mora cá em casa um cãozinho (neste momento já é mais "cãozão").

Algures em Julho recebemos a chamada de um vizinho  a dizer-nos que havia um senhor que tinha um cão para dar. Dar não será a palavra certa: tinha um cão para despachar. Não o queria em casa e se ninguém o fosse buscar, ameaçava que o ia simplesmente abandonar na rua.

Fizemos uma relativamente longa viagem para o ir buscar, lá chegados percebemos que nos tinha saído um patudo giraço, preto, com umas manchas brancas no peito e nas patas.
Parece realmente um labrador mas disseram-nos logo que não era porque para ser puro não poderia ter manchas (who cares??) ... ainda hoje não sei se o abandonaram porque não queriam ter trabalho com ele ou se simplesmente perderam a vontade de o ter depois de perceberem que não era puro.

Estava preso com uma coleira num local pequeníssimo, tinha a gamela da comida e da água ao lado e fazia as necessidades ali mesmo ao lado.... quando lhe pegamos para vir embora nem se quiseram despedir do cão...aquilo caiu-me mal.

Portanto, faz amanhã 5 mesinhos (mas já está enorme), faz asneiras, foge quando começamos a ralhar com ele (parece que acha que é uma brincadeira, foge, saltita e sempre com a cauda a abanar) , aninha-se nas patas e olha para nós com cara de "cachorrinho abandonado" e abana a cabeça de um lado para o outro quando se apercebe que foi apanhado a fazer asneiras! E como é que podemos ficar sérios ou zangados?!


O nome? O nome é de uma figura canina da Disney...escolhido pela criança cá de casa ;)

sábado, 14 de novembro de 2015

Mais uma vez






Não há palavras para descrever o que estes ataques são. 
São mais do que um ataque a Paris, é um ataque à liberdade.


Ontem mais uma vez o coração ficou pequenino, o facebook marcou uns 12 amigos e familiares como estando "seguros"...e os outros?! Telefonamos para todos a meio da noite. 
No facebook alguns apareceram logo para dizer que estavam bem... 
Um "desaparecido" deu noticias passadas umas horas: estava dentro do estádio...
Felizmente todos os que conheço estão bem... mas morreram imensas pessoas e muitas mais ficaram feridas. A maioria com certeza ficará em choque durante algum tempo.


Como se reage a isto? Como se combate?




terça-feira, 10 de novembro de 2015

Regresso

Talvez nem exista mais ninguém aí desse lado para me ler... não seria de estranhar se assim o fosse, afinal deixei isto meses a fio sem nenhuma explicação.

O que se passou nos últimos meses foi uma miscelânea de coisas e situações... de sentimentos extremamente negativos e outros extremamente positivos.
Perdi pessoas, fiz frente a situações menos agradáveis, por vezes deixei-me estar na minha comiseração, noutras tentei levar o mundo às costas, por mim e pelos outros.
Vi mães a perderem os filhos, caramba. E vi filhos a perderem as mãe. Se numas mães a idade e o estado de saúde poderia de alguma forma indicar que isso poderia acontecer, noutras situações foi completamente inesperado. Mas que uma mãe veja o filho a morrer... devia ser impossível.

A vida tem-me ensinado umas coisas... entre elas, que não vale a pena adiar nada para amanhã. Se temos as condições necessárias, o melhor é não esperar pelas ideais e fazer aquilo que queremos. Aproveitar a vida, aproveitar os amigos, os filhos... as pessoas importantes. Aproveitar o dia "hoje".

Mas a vida também tem coisas boas. Temos de saber aproveitá-las.

Voltando àquilo que ocorreu nestes últimos meses:

Depois de um final de ano lectivo atribulado, um verão que teve tanto de bom como de péssimo, regressamos em força ás questões de estágio e afins...pois que até aqui a vida quis ensinar-me umas coisas...
Já depois de termos seleccionado os locais de estágio por ordem de preferência e os mesmos terem sido todos distribuídos (por preferência, médias, etc) eis que começamos a "ver navios" quando as diversas entidades, que tinham garantido a continuação dos estágios, decidem simplesmente terminar com os protocolos estabelecidos. Alguns locais não queriam continuar a receber, outros fecharam, outros queriam que a universidade lhes pagasse para que aceitassem estagiários... enfim...
Obviamente* que o meu local de estágio estava incluído nessa meia-dúzia de estágios que deixaram de existir (como não podia deixar de ser). Ora, só havia 2 possibilidades: ou nós que ficamos sem estágio retirávamos quem já tinha começado a estagiar dos locais (porque quem tinha melhor média teria sempre prioridade) ou então tínhamos que nos desenvencilhar a arranjar os nossos locais de estágio...

Mas, apesar de isto parecer uma comédia daquelas bem bem macabras... no final tudo acabou bem [tal como nos filmes]... Não só todos conseguimos estágio sem que ninguém tenha ficado sem estágios, como conseguimos bons locais de estágio. Eu acabei por ter mais sorte do que alguma vez esperei porque quando já quase não havia esperança (ou quase, vá, estou a ser dramática) tive a sorte de abrirem mais uma vaga para um excelente hospital perto de minha casa ;)

Portanto, de momento, estou a estagiar pertíssimo de casa, adoro o que estou a fazer e a minha orientadora do hospital é espectacular.
Além disso, o tema da tese está escolhido, já estou a fazer pesquisa e a desenvolver o protocolo para pedir as autorizações para as recolhas necessárias...

... e assim vai a vida :D




*Este "obviamente" advém do facto de eu ter a sensação que, se alguma coisa tem que correr mal algures à minha volta, hei-de estar sempre envolvida, seja como for.  É aquela coisa da Lei de Murphy ;) - neste caso talvez seja a "Lei da D. "


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Nojo

Se aquela imagem que passam constantemente daquela pobre criança morta fosse de algum chefe governamental desta Europa, o que aconteceria aos jornalistas que a publicitam?

Sim uma imagem diz mais que mil palavras, neste caso, creio que a imagem também diz muito do respeito que temos (ou da falta dele) e da vontade, quase promiscua, de fazer dinheiro de algumas pessoas.

Claro que choca, claro que nos faz ficar lavados em lágrimas, faz-nos sentir impotentes e cheios de pena...mas se fosse meu filho eu odiaria todas as pessoas que tivessem aproveitado aquele momento para beneficio próprio, para ganhar dinheiro. Fala-se muito das imagens que os pais publicam e partilham na rede mas sobre esta falta de sensibilidade e humanidade por parte dos media, ninguém diz nada?!

domingo, 14 de junho de 2015

Desabafo (ou "ainda não morri, mas quase")

Lata é avisarem uma miúda do grupo a comparecer porque precisam de falar com ela e ela (que nada fez para nenhuma cadeira no semestre, tendo ficado com 4 trabalhos feitos à nossa conta) nos dizer que será prejudicada no teste porque, como não trabalhou durante o semestre todo não percebe nada daquilo. Lata é ela disser que, para esse trabalho em específico, até via as actualizações que íamos fazendo para se inteirar da coisa, para tentar perceber o que nós tínhamos feito.
Latão é quando lhe dissemos que, tendo em conta tudo o que se tem passado, estávamos a pensar retirar o nome dela desse trabalho (os outros já tinham sido entregues) e a reacção da canalha miúda ser "só quero saber se sim ou sopas!"

Sopas, menina,sopas... e não digas que vai daqui porque já vais bem tarde....!

(melhor, melhor, só uma outra que teve a distinta lata de refazer uma parte de um trabalho de uma forma muito mal feita, andar a queixar-se que tinha trabalho imenso e que nós não fazíamos nada [a miúda fez 2 parágrafos num trabalho de 15 páginas...] para depois virmos a descobrir que tudo o que ela fez foi copy paste de um trabalho já feito.... ou seja, plágio!!!)


*A sorte é que isto já está a acabar... um dia destes conto-vos como afinal o meu maior sonho e expectativas virou uma das maiores desilusões: incluindo universidade, docentes, exigência dos mesmos e colegas (na sua maioria com a visão da vida - "se eu poder não fazer nada e ter os louros, melhor").

No meio disto tudo, ainda deu para conhecer algumas excelentes pessoas que acredito que venham a ser bons profissionais no futuro... a maioria lá continuará a passear os livros e a ser sustentado pelos papás.