sábado, 31 de maio de 2014

Do sogro

O meu sogro é uma pessoa engraçada: É que ele adora pescar mas detesta comer peixe.

A minha arca frigorífica agradece :D

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Das coisas do B.




Depois do banho estávamos a rir muito, a rir de coisas parvas, daquelas gargalhadas dadas com vontade mas sem sentido e prolongadas, demasiado prolongadas em que chega a um ponto em que já não temos controlo sobre o riso e quanto mais rimos mais vontade temos de rir. E rimos, e rimos e rimos. E chegamos ao ponto em que já nem sabemos muito bem porquê mas rimos continuadamente.

"Mamã, o teu controlo hoje não está bom"

(e rimo-nos mais um bocado)



terça-feira, 27 de maio de 2014

O meu smartphone deu que falar


Já vos falei que tenho algumas pessoas que me circundam na vida que têm sempre muitos palpites a dar sobre tudo.
Ora se por norma os comentários se prendem com o facto de eu ser demasiado poupada, sumítica e outros atributos "bonitos" desta vez foram contar aos meus sogros que eu tenho um telemóvel que custa uma fortuna, que nem trabalho e me ando a aproveitar do R....




Pois que a verdade é que o meu telemóvel CÁ, no nosso país, custa uma pequena fortuna, custa tanto que jamais me passaria pela cabeça dar o valor que ele custa CÁ, custa mais que o ordenado mínimo e mesmo que eu trabalhasse jamais daria esse dinheiro por um telemóvel. Acho que é demasiado por um telemóvel. (E também não foi roubado)

As pessoas em vez de tirarem as histórias pela metade, se fossem mais directas talvez eu lhes pudesse ter explicado que o meu telemóvel me foi oferecido e quem mo ofereceu não é rico (nem parvo) para dar o dinheiro que pedem por eles cá.
Mas a pessoa que mo ofereceu, que é meu tio, é emigrante e , caso não saibam, lá fora quem está fidelizado a uma rede (pelo menos na Suiça) pode ir trocando de telefone de X em X tempo, dando somente 1 CHFr (uns 80 cent.) pelo equipamento em si. O meu pai já fazia isto há mais de 15 anos e continua exactamente o mesmo sistema: temos uns X meses de fidelização e dentro desse tempo temos acesso a um determinado nº de aparelhos (dependendo das redes pode ter-se acesso a um ou a vários, pode também dar-se mais algum dinheiro -muito menos do que o que pedem cá - e ter acesso a outros aparelhos).
Ora o meu tio achou que o meu telemóvel antigo estava num estado deplorável e que eu precisava de um novo, vai daí que me ofereceu um. E eu aceitei porque sei que ele não deu muito por ele porque se tivesse dado a pequena fortuna que pedem por eles cá eu jamais conseguiria aceitar.
E, se me tivessem perguntado, era desnecessário tanta confusão na minha vida... mas não, é mais bonito andar a meter veneno.
O pior disto tudo é que são pessoas que, quer queira quer não, tenho que suportar.

sábado, 24 de maio de 2014

Coisas que aprendi num dia como "comercial"


1 - O PITCH: O pitch é uma história inventada que faz com que os senhores das casas nos entreguem as facturas. Basicamente, enganam-se as pessoas dizendo-lhes que estamos ali para retirar a taxa X ou Y, faze-mo-nos amiguinhos deles e temos umas expressões bonitas que nos tornem afáveis e confiáveis à sua imagem.

2- Dizemos umas trinta vezes que não queremos vender nada, dizemos sempre que é para retirar a taxa, que a pessoa não perde nada em nos mostrar a factura (privacidade, oi?!). Acima de tudo é importante perceber que não estamos ali para vender (mas estamos). Mas não estamos. Entendem?

3 - Depois de termos as facturas na mão temos que fazer com que as pessoas se foquem num outro assunto qualquer, numa história, criamos empatia, sabem? Para quê? Para vender...ups, não é para vender nada!(so they say...). É para lhes retirar a taxa, lembram-se? Podemos falar do rato mickey, do pateta, podemos falar de tudo caso eles se começarem a focar nas nossas pastas e modems e outras tralhas... podemos falar de tudo menos nos produtos que queremos vender... ups...Podemos falar de tudo. Mas não podemos "engonhar" muito porque senão não conseguimos passar em muitas casas e retirar a taxa. A maldita da taxa.

4- Não esquecer que temos que ser bons a analisar pessoas e ser bons com as pessoas. Para quê? Para lhes empurrar o que queremos vender... ups... desculpem-me sabem, é que eu não tenho jeito para fingir e a verdade escapa. Se querem mesmo saber, temos que ser bons a analisar pessoas para sabermos a quem nos dirigir, qual das pessoas que nos abre a porta é a "tal"? Que gostará esta pessoa de ver? Tem filhos? Será avó? Empurro-lhe o pacote dos 10€ ou dos 40€? Isto tudo claro porque só queremos saber qual a melhor forma para os convencer a assinar o contrato... queremos somente tirar a taxa.

5- Nunca se pode tirar a taxa a alguém que ainda esteja fidelizado através dum contrato, mesmo que esse contrato pertença à nossa empresa. Só queremos o bem da empresa, ups, do cliente.

6- Nunca esquecer a ideia de urgência. O que é a urgência?! O produto para além de único a oportunidade também é única!! (Esta é aquela que me custa mais a engolir!! Mas ainda há quem caia nisto?!).
Passo a explicar: o produto só está disponível até ao dia 30 deste mês, a partir do dia 1 de junho passará a estar disponível só até ao dia 15 e depois do dia 15 estará só disponível até ao dia 30... estão a ver?! SÓ estará disponível SEMPRE! Sempre!!

8 - Não esquecer também que têem que aproveitar a oportunidade agora! AGORA! Porquê? Porque para além de SÓ terem 15 dias de promoção para a agarrar. NÓS, os vossos heróis só estaremos nesta zona hoje, SÓ HOJE, amanhã será tarde demais, daqui a 5 minutos será tarde demais. Ou é agora ou NUNCA MAIS terão esta oportunidade. Não esquecer que está É a oportunidade das vossas vidas!

9- Não esquecer que, quando temos os vossos dados nas nossas mãos, o primeiro a fazer é passar os dados do contrato à operadora. Para quê? Para terem logo acesso ao serviço que irão pagar, claro! Só para isso!! Só que não... na realidade estão a analisar todos o vosso registo, tudo aquilo que está associado ao vosso NIF para ver se têm dívidas é que eles só querem gente honesta (pelo menos, no que a clientes diz respeito).


Na realidade a promoção é contínua, existe sempre meus caros, existe sempre, só podem ir mudando algumas condições mas existe sempre; e nós andamos a pé! A sério que amanhã não andaremos muito longe porque afinal temos que vender isto a muita gente e não andamos a saltitar muitos quilómetros sem vender, claro, não é? E quanto à taxa? Sim a taxa existe, ou melhor existiu, porque nenhum contrato novo, em qualquer operadora, paga essa taxa. O que nós queremos mesmo é sair dali com um contrato assinado. SHIUUUU as pessoas não sabem!! Nem podem saber senão lá se vai a mina! Ou o PITCH. Ou o diabo a 4.

Ps: É muito importante ter em atenção às palavras usadas porque não podemos mentir, mas também não podemos dizer a verdade. Entendem? Termos caros, conversa fiada, mudar de assunto, é tudo extremamente importante para dizer o necessário mas evitar as perguntas "chatas", estão a ver? Aquelas perguntas de quem quer saber demais. Afinal para que precisam de pormenores? É que se os perguntarem temos que os dizer. Também temos que falar das condições de pagamento e falar do produto. Mas não é para vender, entendem? Mas é... mas temos que dizer porque não podemos mentir. Mas a verdade toda seria demasiada informação, portanto é sempre bom dizer a verdade toda mas, de preferência num registo linguístico que o comum dos mortais não entenda na totalidade, estão a ver? E depois vamos explicando por miúdos... mais ou menos que, se formos muito explícitos nunca mais saímos dali e afinal nós temos que tirar a taxa a outras pessoas. A maldita taxa.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

This is NOT sexy

Pelo menos, na minha humilde opinião.






Eu gosto de sensualidade, de ver pessoas que sabem vestir (e não despir-se) bem.
Não gosto de ver as nádegas de quem por mim passa. Se calhar sou antiquada? Talvez... mas não me agrada ver disto numa repartição das finanças, nas aulas da universidade, num centro de saúde, a caminho das secundárias (é ver quem vai com menos roupa). Então combinarem estes calções com os crop tops e irem aos sítios supracitados é daquelas coisas para me fazer mesmo muita confusão. Juro que não sei o que deu a esta geração mas não é normal. E será que estes adolescentes são daqueles que trocam de roupa depois de saírem de casa ou os pais deixam-nos sair à rua assim?
É que tanto querem ser sensuais e chamar à atenção que simplesmente entram nas piores das vulgaridades. Chamam à atenção pelos piores motivos possíveis e mostram tanto que não há espaço para sedução, para a imaginação ou para sonhar com o que se poderia encontrar por debaixo da roupa.

Vê-las a sair das praias assim, nas explanadas, num dia de calor... pronto, mas em pleno inverno ou em locais formais? Já dizia o outro: "Num habia necessidade".

Saga: À procura de um carro #2

Antes de comprarem um carro (em segunda mão) ide ver carros à internet. Não só porque encontram lá carros bem mais em conta do que nos stand mas também porque os próprios stands têm lá os carros mais baratos.

Fomos ver um carro. Perguntámos ao senhor qual o valor do carro e diz que é X (mais 1000€ que os anunciados na internet), dizemos que vimos no OLX por Y. "Ah pois, esqueci-me de mudar aqui". Sei...

E não foi o primeiro.

sábado, 17 de maio de 2014

O que fazer quando há aniversários na escola e a nossa cria é intolerante à lactose?
É que à primeira vista não há problema. Mas há.  Quase todos os bolos, cremes e afins levam leite ou manteiga.
Não me lembrei disso até ver o B. com uma barriga de "grávida de 6 meses". Estou aqui cheia de pena dele. Para além do mais nem sei como lhe dizer que não pode comer os bolos dos outros meninos.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu e as entrevistas de trabalho #3

Pois, não estavas nervosa...conta-me mais.Que sistema nervoso engraçado que o meu é. Dá-me a ideia de relaxamento, bem-estar, paz e sossego mas cheguei ao sitio da entrevista, ia começar a escrever nuns papeis que me deram e o que acontece? Pois que comecei a tremer das mãos de tal forma que não conseguia escrever. É. Que lindo.

Eu e as entrevistas de trabalho #2

Daqui a 1 hora e 20 minutos estarei a entrar numa empresa para mais uma entrevista de trabalho. A minha amiga V. acabou de me telefonar para saber se estou bem, para me manter calma e com pensamento positivo (ela sabe do que aconteceu da última vez e da penúltima e da antepenúltima... estão a ver o filme, não é?!). Mas verdade é que não me sinto minimamente nervosa. Sabem porquê? Porque não tenho fé que seja para mim. É assim mesmo. Eu sei que devia estar aqui toda entusiasmada e tal e coiso e andar aos pinotes mas... não consigo.  Até hoje que me mandaram uma proposta de trabalho na minha área (eu realmente tenho excelentes amigos) onde aquela formação que tirei duas vezes me iria ser útil e sei que tenho o perfil mas enviei a candidatura já totalmente desprovida de emoção.

Hoje é isto. O que não invalida que quando entrar para a entrevista vá mentalmente a dizer "é hoje, é hoje" e não invalida que vá dar o meu máximo. Não invalida que, caso me chamem para a entrevista daquela proposta na minha área para o qual tenho o perfil indicado e as formações necessárias eu não comece aos pinotes.
 Acho que é simplesmente o meu próprio bom-senso a proteger-me de mais uma grande desilusão.


Como diz o ditado chinês: "Espera o melhor, Prepara-te para o pior e Aceita o que vier".

Coisas que não pedimos...

Vocês sofrem do mal de terem sempre alguém a dizer-vos o que devem fazer na vida?

"Está na hora de terem mais um filho";
"Está na hora de comprarem casa, afinal a pagar renda vocês só estão a perder dinheiro";
"Está na hora de mandar esse carro para a sucata e trocaram por um carro "a sério" que agora mudou para "finalmente o carro vai para a sucata, então vamos ter carrinho novo?" (Vamos?! oi?! se for com a vossa carteira...)

Não estará na hora de cada um se meter na sua própria vida?

(apesar de não andarmos a publicitar a nossa vida a terceiros... imagina se andássemos)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Coisas que li e gostei

Eu escrevi um post sobre o livro The Help (ou as serviçais) que desapareceu...



É um daqueles livros cuja leitura adiei durante anos por falta de tempo para ler algo "porque sim".
É daquelas histórias com alguma História (esta época é daquelas que me toca particularmente e nem sei bem porquê) complementada com um bom enredo que foge ao tradicional nos romances do "menina e menino conhecem-se e toda a trama anda à volta de um manancial de situações que, embora contra todas as hipóteses, os leva a ficar juntos". Nada contra esse tipo de histórias quando precisamos mesmo de espairecer mas este livro foi uma boa lufada de ar fresco que apreciei.

Para quem não gosta de ler existe uma adaptação cinematográfica que dizem ser boa. Pessoalmente prefiro (quase sempre) o livro ao filme...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Saga: "À procura de um carro"

Uma pessoa não tem muitas esquisitices nisto dos carros (a carteira também não o permite) mas há alguns que não me atraem muito. Vem ao caso o facto de um desses ser um smart. Nada de mais não fosse o senhor esposo andar a dar-me a volta à cabeça para comprar um porque:

 a) são extremamente económicos ( a coisa "horripilante" de ser tão económico como um carro a GPL (ou talvez mais));
b) cabe em qualquer espaço (coisa para conseguir estacionar em qualquer buraco na cidade para onde pretendo ir estudar);
c) temos uma carrinha familiar a GPL que não dá jeito levar para lá (é grande) que cobre todas as outras necessidades, um carro pequeno iria servir perfeitamente para mim e para a criança durante a semana;
d) o preço do imposto de selo é irrisório
e) arranjar um carro com GPL já instalado,pequeno e barato parece ser tarefa impossível (encontrar um pequeno e barato para instalar o GPL ainda pior)

O pior é que eu começo a dar-lhe razão...
Eu não gosto de smarts porque são pequeninos, sinto que ele vai rebolar ou cair (parece-me um brinquedo), não me sinto segura a olhar para aquilo, a ideia de ter um acidente com aquilo e ter os carros quase-a-bater-me sem qualquer distância é aterradora; tenho a ideia que quando chover ou apanhar gelo aquilo vai andar aos "esses" como uma bailarina.... (sim, sei que metade destas ideias são erróneas, sei mas a sensação que tive quando andei num foi essa).
Já disse que não gosto desse tipo de carros? Parece que lhe falta alguma parte. Digam-me que a manutenção é caríssima, sim? Acho que só isso para convencer o excelso esposo a não comprar tal coisa. Diz o excelso que é uma questão de hábito e que depois vou adorar...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

É de mim ou...

... em breve o Estado vai pagar às empresas para terem trabalhadores a fazerem-lhes o serviço sem que eles tenham quaisquer encargos.

"...serão dados incentivos às empresas que contratarem pessoas em contrato sem termo, incentivos esses que correspondem ao valor que os empregados receberiam caso continuassem a receber o subsídio de desemprego" (in Jornal da Uma - TVI)

Ou seja, as empresas continuam a habituar-se a não pagar para ter trabalhadores e agora o Estado ainda vai ajudar à "borga" e pagar às empresas para ter pessoas a trabalhar. Não que já não seja o que acontece nos pseudo-Estágios-Emprego em que os licenciados entram e saem das empresas numa roda constante de aproveitamento da medida paga pelo estar. É que pagar 0% a 20% pelo trabalho de um recém-licenciado é bem diferente de lhe pagar os 100%. Mas não bastava isto e não chega os dados que demonstram que essas empresas, na grande maioria, têm os estagiários a entrar e a sair numa espécie de "vira porca, venha outra". Não. Não basta. Agora vão fazer isso a todos os desempregados.
Claro que isto é incentivo ao emprego! Principalmente àquele tipo de trabalho minimamente estável e digno.


Depois vem ele e faz-me ver a sorte que já tenho


O B. não anda num carro sem a cadeira (chamem-me paranóica, maluca, mãe-galinha ou o diabo a 4 mas não anda). Andámos num carro que só tinha um cinto de segurança - em condições -  no banco traseiro e é óbvio que ficou para a cadeirinha dele. Se não tivesse não íamos (pois, eu sou paranóica, já sei).
Ele viu-me sem cinto e perguntou porque não podia ir sem cinto: eu expliquei-lhe outra vez que o cinto nos protege porque em caso de acidente não temos força para nos segurar e podemos andar aos "tombos", irmos contra os vidros e aleijar-mo-nos muito.
Vai na volta ele coloca o braço à minha frente e eu pergunto-lhe o que ele está a fazer. Diz-me: "é para te segurar". Explico-lhe que, caso aconteça nem eu teria força para o segurar a ele nem ele para me segurar a mim. Explico-lhe que nem o papá nos conseguiria segurar.
Ele olha para mim e desata a chorar. Porquê? Diz que ficou com medo que me acontecesse alguma coisa, que tivéssemos um acidente enquanto eu ia sem cinto e fez-me prometer que não iríamos ter. Agarrou a minha mão e segurou-a com toda a sua força enquanto fizemos 40km ele não a largou e apertava-a com mais força sempre que o carro travava, passava por uma lomba ou fazia uma curva.
Disse-me: "Eu protejo-te mamã".



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Coiso.



No ano passado graças a atrasos burocráticos não pude candidatar-me ao mestrado que pretendia. Este ano não abriram vagas e não sabem se vão abrir para o "meu" mestrado.
Ora uma pessoa já anda atrasada que se farta nisto do curso superior, já parou por não ter dinheiro para mudar para o centro do país, já parou para ter o filho, já parou para procurar trabalho (e por causa dos atrasos burocráticos e falta de dinheiro)... e agora dizem-me que o raio do mestrado que no ano passado teve N vagas, que houve pessoas a entrar com médias de 13 (de TREZE!!! num mestrado universitário PUBLICO* onde por norma só entra quem tem no mínimo 14 - factor de exclusão) e dizem-me que não sabem se vão abrir vagas a alunos externos?! Really?! 

Senhores que zelam pelo equilíbrio universal: chega de azar, sim? Se não for pedir muito, claro.


__
* Mesma universidade onde há uns anos a média para entrar na minha área era 17 e agora também entram alunos com 12 na dita licenciatura. Lá se vai a teoria que só no ensino privado é que entra qualquer um.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Kaputt!



O titulo não é asneira... podia ser... mas não é. Asneiras já roguei as suficientes, em privado ;).
Seguindo-se a lógica da minha vida actualmente tinha que correr alguma coisa mal. Talvez as probabilidades de ter um carro com 20 anos, há tantos aninhos e sem problemas alguns também não joguem a meu favor (sim, eu ainda acredito que isto não é azar... são só coincidências. A mais!)

O carro não "morreu" mas teve 2 problemas mais sérios numa só semana. "Problemas" esses que poderiam ser mais considerados questões de manutenção. Afinal qual é o carro que passados 20 anos ainda tem tantas peças originais?! Pois... são 20 anos de desgaste num carro, 5 anos nas nossas mãos (o carro que menos problemas me deu, o único que me passou nas mãos que nunca meteu o chassis num reboque), no entanto, chegou a hora de o mandar-mos embora porque começou  a dar sinais de desgaste (aleluia! estava a ver que não... not!!) e fomos já avisados que daqui para a frente as manutenções vão começar a ser mais frequentes, mais dispendiosas e que, na realidade o carro já não vale nada - "está morto" - palavrinhas do mecânico. Morto porque a partir daqui é expectável que só dê problemas, expectável que tenhamos que investir bem mais nele do que aquilo que vale, expectável que passe mais tempo no mecânico que em nossa casa e, bem, apesar de "mui gratos" aos seus anos de serviço irrepreensível não nos apetece andar nessa vida de investir num carro que está a dar as últimas (lá se vai a ideia que dure mais uns anitos).

E agora? Bem-ditas poupanças é o que vos digo! Bem ditas!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dia de mãe

Ela.
Ela que abdicou de tudo por mim. Por amor.
Ela.
Ela que me mostrou o que era amor incondicional.
Ela.
Ela que, mesmo não podendo, fazia quilómetros para me deixar segura.
Ela.
Ela que me esperava à porta da sua casa na hora de almoço enquanto eu corria pelo caminho e gritava por antecipação de chegar à sua casa.
Ela.
Ela que me ensinou o que é realmente ser mãe.

O meu dia de mãe será sempre o dia da minha avó velhinha.

Agora este dia também é meu. E eu faço de tudo para ser uma mãe como ela me ensinou a ser. Tive o melhor exemplo possível.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

As alterações na dinâmica do mercado laboral (ou a escravatura em Portugal)

Se calhar era bom avisar aqueles senhores que pagam aos comediantes para lhes publicitar o negócio, que a vida das pessoas não é uma comédia mas que parece que eles são bons comediantes quando propõem trabalho não remunerado que as pessoas se desloquem por conta própria, paguem um seguro do seu bolso, trabalhem 10 horas (ou mais) por dia e, caso vendam alguns contratos e a dita empresa prestar um serviço de  m*** que faça com que o contrato seja anulado a pessoa (que paga o seguro, as deslocações e trabalha 10 ou mais horas por dia) tenha que devolver a totalidade das comissões [que é um valor da treta!]. Esta devolução é possível até ao fim do contrato...
Isso chama-se voluntariado (que eu não vos quero chamar de escravizadores) . Não sei é se as pessoas estarão dispostas a fazer voluntariado nas vendas porta-a-porta... 

Contas feitas: para trabalhar precisava de gastar cerca de 200€/mês sem contar com o desgaste do meu carro. Sem qualquer garantia que a empresa não aproveitasse a "clausula" das devoluções da comissão para pedir todo o dinheiro que ganhasse mas mesmo que tal não acontecesse, para não ter prejuízo teria que vender imensos contratos.

Claro que esta empresa é totalmente inocente nisto tudo, uma vez que este serviço é feito por outra empresa (às suas ordens) e com certeza que a empresa mãe é alheia a estas situações. Com toda a certeza. Mas como é possível ter dúvidas?!

São estes senhores e os donos duma loja de chineses aqui da zona que têm sempre 1 ou 2 portugueses/por semana à experiência. Sem remuneração.  Óbvio que nenhum presta. Claro que não se estão a aproveitar da necessidade alheia. Eles até são bonzinhos... têm é pouca sorte, tadinhos. Há pelo menos 1 ano que andam sempre a entrar e a sair pessoas que trabalharam para eles uma semana à borla! Tanta pena deles... A sério que tenho.