segunda-feira, 28 de abril de 2014

Em poupar é que está o ganho - Poupar com Envelopes


Um dos primeiros passos para a poupança que tomámos foi chegar à conclusão que queríamos poupar mais mas não saber por onde começar (e até ter a ideia que seria impossível), no entanto, decidimos tentar.
Começámos por apontar as nossas despesas mensais, depois foram acrescentadas aquelas coisas que poderiam ocorrer (como portagens, livros, reparações, etc) e assim ficou pronto um esboço do que seria o nosso plano orçamental. A dita lista foi feita em Excel porque dá imenso jeito poder acrescentar, retirar, somar, subtrair e outras coisas que tal na lista em si (não é estática e molda-se consoante a nossa vontade e as mudanças na nossa vida).  Após termos ganho a consciência para onde o dinheiro ia, quanto gastamos mensalmente (em média) começámos a procurar a melhor forma de fazer uma poupança mais acentuada (para além do PPR não fazíamos poupanças quase nenhumas) e entretanto testámos alguns métodos de poupança.

Foi nas pesquisas por métodos de poupança que descobri o método do envelope que é tão simples que até mete dó ... mas foi o que melhor resultou connosco.
Originalmente o método do envelope consiste em subdividir o ordenado por envelopes que estão divididos em categorias (tal como alimentação, renda, poupanças etc). O ideal será também subdividir a "poupança" em várias categorias como p.ex: férias, poupança para futuro, etc.
A ideia é só usar o dinheiro de cada envelope para a categoria para a qual foi destinado e "sofrer as consequências" da má gestão caso ele acabe antes do tempo, ou seja, não usar o dinheiro dos outros envelopes para "cobrir" a falha na gestão e assim aprender a gerir bem o dinheiro.

Cá por casa alteramos um pouco a forma deste sistema: Como usámos as transferências bancárias para as contas fixas (renda, luz, etc) e também não gostámos de andar com dinheiro atrás de nós para as compras* fizemos as contas para o que gastámos mensalmente (daí ser tão importante fazer lista dos gastos), deixámos na conta o que vai ser necessário naquele mês mas levantámos o restante e dividimos por envelopes consoante o que pretendemos poupar e para o quê.

Neste momento tenho 5 envelopes com poupanças para diferentes destinos: quase todos têm um determinado valor ou data como fim, uns com prazo mais próximo e outros com prazos mais distantes, todos têm um limite mínimo de poupança por mês - modesto - para garantir que todos os meses são acrescentadas quantias. Quando sobra dinheiro do que "deveria" ter sido gasto é dividido pelos envelopes ou colocado naquele cujo valor a atingir é mais elevado. Uma das poupanças é para "emergências".



Estamos a testar este sistema desde Janeiro e temos conseguido poupar mais do que alguma vez conseguimos. Este mês acrescentamos mais um envelope: "Escola do B" (onde iremos colocar 20€ mensalmente) para que quando chegue a hora de entrar na primária tenhamos todo o dinheiro necessário disponível para livros e material escolar.

Para o futuro dele (quando for adulto e/ou para a universidade) estamos a pensar colocar o dinheiro que tem no mealheiro a render mas temos que pesquisar bem o mercado, os bancos, as taxas de juro, se compensa abrir conta ou deixar o dinheiro a render durante X anos e outras coisas que tais...(se alguém tiver dicas serão muito bem-vindas)


___

* convém sabermos que tipo de pessoas somos: gastamos mais com cartão porque não vemos o dinheiro, ou o tipo de pessoa a quem o dinheiro físico desaparece e tem mais cuidado quando usa o cartão? Eu sou o segundo tipo de pessoa: para mim é mais fácil poupar quando tenho que usar cartão e penso bem mais no que gasto quando tenho que "sacar" do cartão do que quando gasto dinheiro físico - até porque ter dinheiro físico comigo faz com que gaste pouco mas mais vezes, o que faz com que gaste mais.

2 comentários:

  1. Em relação a conta do teu B. aconselho-te que procures bem o meu avó quando nasci abriu uma conta para mim com 500 contos (uma fortuna na altura) e que ninguém podia mexer só eu depois de completar os 18 anos e devo dizer que em 18 anos não rendeu praticamente nada a senhora até ficou parva quando fomos levantar.

    Em relação ao método parece-me muito bem, preocupa-me um pouco ter dinheiro em casa mas sei que aquele que tenho por cá dura imenso tempo. Também tenho um ficheiro em excel para saber os meus gastos que felizmente ainda não contam com contas da água e da luz mas contam com propinas e combustível. Neste momento não utilizo nenhum método especial para poupar, sei quanto ganho e o meu objectivo todos os meses é gastar o menos possível.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já ouvi alguns relatos assim por isso é que quero algumas dicas. Também conheço quem tenha colocado 5000€ e passados 10 anos levantou 15000. Mas não foi num banco, foi a "render" (não sei se aplicou o dinheiro em acções ou o que foi) e não sei muito bem como essas coisas funcionam.

      Antes também tentava gastar sempre o menos possível mas acabava por sobrar mesmo pouco ao fim do mês. O dinheiro em casa é uma preocupação (e a desvantagem deste esquema de poupança) mas não encontrámos outra opção viável para nós. Pelo menos por enquanto. O dinheiro também não é assim tanto... antes fosse ;)

      Eliminar