sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Pessoas

Seria suposto encontrar pessoas com grande maturidade... mas alguns parecem criancinhas.

Acho que nunca me conseguirei dar bem com pessoas que gozam com características físicas dos outros. Não sei... é daqueles "turn offs". Eles criticam o aspecto físico dos outros e eu, de imediato, penso que fosse eu mais gorda/feia/magra/baixa/alta/bonita e já não se quereriam dar comigo... pois que quem não se quer dar com pessoas que discriminam assim sou eu. Pronto.

Pelo menos teve a decência de deixar a pessoa com excesso de peso passar antes de sair com comentários como "ele tinha mais mamas que eu"... Não estamos na primária mas pareceu e eu senti-me verdadeiramente envergonhada por aquela pessoa que disse aquilo se encontrar ao meu lado e me ter parecido tão normal até aquele momento. Principalmente porque os comentários se prolongaram durante um tempo considerável e foram completamente despropositados e maldosos.

8 comentários:

  1. Hajam mais pessoas como tu. Eu não gosto quando os outros se prendem nesse tipo de observações, mas parece ser aceitável criticar o aspecto dos outros dessa maneira. Recentemente chamaram-me de gorda nas minhas costas, mas com maldade, malícia. Isso não me ofende porque o que vejo é a "feieza" da pessoa que emite esse tipo de comentários. Eu sou algo distraída para as fisionomias. Muitas vezes não reparo em coisa para os outros obvias. Demoro tempo para essas coisas e prefiro tratar todos por igual e com respeito. (o que me é fácil mas nem por isso me traz "bons frutos" que isso de se ser "certinho" na prática não é como se pinta)

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    1. Olá Portuguesinha, bem vinda.
      Infelizmente parece até, por vezes, uma forma de quebrar gelo entre as pessoas é desatarem a falar mal de outras. Não gosto.
      Se ouviste chamar-te isso ainda é uma maior falta de respeito porque nem tiveram a decência de moderar o tom de voz e fazem-no mesmo para magoar. Faz-me lembrar as criancinhas quando estão na idade da estupidez ou até o bullying. Fico feliz que consigas ignorar e que não fiques ofendida é realmente bom que não dês importância a quem não a merece. Mas acredito que magoe sempre só que demonstrar é pior.
      Infelizmente também ouvi de tudo enquanto crescia (já fui bem gordinha e também usava óculos), por isso, já ouvi de tudo também mas, apesar de agora não ser, não quer dizer que ache bem ou que compactue com isso. Não gosto e o tipo de pessoas que o fazem acabam por me afastar pois não me consigo identificar com elas, de todo. São pessoas cujas conversas acabam quase sempre por ir ter à conversa do "falar mal" seja do que for e quando encontram uma vitima é sempre a cascar-lhe. Pior mesmo só quando vejo que o alvo muda consoante a companhia aí tenho a certeza que " nas costas dos outros vejo as minhas".
      É que as pessoas até têm o direito de não gostar de alguém mas convém que seja por motivos e isso de gozar com qualquer um, porque "sim" parece-me muito infantil e de "pessoinhas" que não merecem grande consideração.
      Aliás o tipo de maturidade da pessoa que fez o que relatei notou-se quando alguém lhe disse para ela se calar e a argumentação da dita foi "mas eu até esperei que ele passasse para não ouvir" -porque "ele não ouvir" justifica e autoriza-a a gozar tanto com ele. Enfim.

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    2. Sábias palavras as tuas. Estás certíssima. Admiro essa postura de «descriminar» as «pessoinhas» e as colocar logo de parte. Acho que vou começar a ser assim, radical, cortar logo pela raiz. A maioria,das pessoas mesmo incomodada com quem faz essas observações não quebra relações porque, como bem dizes, tornou-se um comportamento corriqueiro na sociedade e o que se vê ainda por cima é que isso une em grupos certas pessoas. Criticar gratuitamente alguém é um "quebra-gelo" social, falar mal do alheio une as pessoas!!

      Quando comecei num emprego novo relacionei-me com todos mas inicialmente com outras colegas que também estavam a começar. Uma delas com dificuldades de adaptação e que eu sempre ajudei, começou de imediato a falar mal de toda a gente. Era durante o trabalho, era a hora de almoço inteirinha, bem tentei mudar de assunto mas ela não deixava, só queria falar do mesmo, falar mal e ofensivamente desta e daquela, com termos ordinários, chamando-lhes nomes feios, dizendo palavrões e fazendo comentários incontornavelmente racistas. Estava obcecada. Doente.

      Olha, posso dizer que hoje não lhe falo. Mas infelizmente tenho-a à "perna". É que esta «pessoinha», como bem dizes, não gostava que lhe fizessem certas coisas mas gostava muito de as fazer. Como dar ordens e se julgar mais que os outros, por exemplo. Tudo o que ela acusava os outros de praticar ela repetiu, e nem esperou muito tempo. Hoje faz-me bullyng. Está sempre a virar-se para o lado para falar mal do que eu estiver a fazer. Procura fazer a cabeça de outras pessoas. Aliás, ela, que era tolerada mas não estava inserida em nenhum grupo, até porque estava sempre mal encarada e irritada, mudou de atitude graças a mim. Porque foi graças a esta sua necessidade de maldizer-me que foi procurar aliados. E ao encontrá-los, acabou integrada num grupo. Até então não o tinha conseguido, pelo que aqui está a prova do poder da maledicência e do seu papel integral nos relacionamentos sociais.

      Agora que se sente "aceite", e que para ela existem os que estão do "lado dela" o lado correcto, ou do "meu lado", disfarça o seu mau humor e as suas "trombas" deram lugar a um riso fabricado (que aos meus ouvidos assemelha-se ao de uma bruxa de um desenho animado) e passou a fazer piadas e a rir-se de tudo o que nem sequer tem piada. Mas continua maliciosa e maldizente. Só que entre sorrisos e risos fabricados. Vou poupar-te os detalhes senão o texto não tinha fim mas o mais surpreendente nesta história é que esta colega não é uma jovem. Está a poucos anos de completar 60 anos de idade. E faz bullyng.

      Cada vez mais percebo que estou correta em não olhar para o factor idade. Tanto se pode encontrar uma criança com maturidade como um velho sem nenhuma. E a boa educação também não tem idade. Existem adolescentes muito mais bem educados e decentes, de maior valor humano do que aquela pré-sexagenária.

      Bjs

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    3. Eu antes também não cortava logo mas apercebi-me que, a longo prazo, é mais benéfico para mim fazê-lo do que iludir-me e depois passar por desilusões e por "traições" como as que relatas da tua colega (para mim virar costas a quem nos ajudou é traição). E depois, perder tempo com pessoas que são assim faz com que não tenhamos tempo de conhecer quem realmente seria interessante conhecer.

      Eu não corto totalmente: Digo bom dia, boa tarde...aliás isso digo a toda a gente mas evito estar muito tempo perto de pessoas assim. Durante uns tempos não o fazia, até cheguei a virar a cara a uma pessoa que me fez muito mal e me quis cumprimentar quando nos encontramos... mas rapidamente percebi que esse tipo de atitudes fazia com que as pessoas que estavam comigo se afastassem de mim pois, para quem não conhece a situação parece simplesmente má educação e somos julgados por isso mesmo.
      Desde então passei ao oposto: com pessoas assim sou extremamente bem educada, formal, distante... sou completamente impessoal mas tento nunca ser mal-educada. Quem me conhece sabe que só sou assim para quem realmente detesto, quem não conhece acha-me fria e distante mas não tira grandes ilações da situação em si.

      Mas evito essas pessoas o máximo que posso: evito ter que fazer trabalho com elas, de estar com esse tipo de pessoas em situações sociais e por aí além. Mas há espaços formais onde temos que estar juntos e aí sou apologista das regras da boa educação. Quando as conversas me incomodam muito saio da beira desse tipo de pessoas ou tento fazer cara neutra [nessa parte acho que ainda falho bastante].

      Sou a favor da teoria de não dar "armas ao inimigo" :D até porque pessoas assim tendem a ser extremamente manipuladoras e com isso já percebi que não dá para lidar de forma directa. Quanto mais directos somos mais nos enterramos [pelo menos comigo era assim].

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  2. Acho que essas pessoas tem alguma disfunção porque precisam de minimizar alguém para se sentirem bem.

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    1. Eu quero acreditar que sim, que não é pura maldade mas às vezes nem sei.
      Pior mesmo é que está a tirar um curso em que pressupõe a aceitação dos outros sem este tipo de descriminações.... e já não é a primeira vez que me deparo com pessoas nesta área e me pergunto seriamente o que raio estão ali a fazer porque não me parecem ter qualquer vocação para a área em questão.

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    2. O ideal seria chamar-lhes de imediato a atenção para essa contradição, ao invés de deixar passar. De uma forma geral, acho que a humanidade está a «perder-se» por isso. A frontalidade hoje em dia já não é aceite e vista como uma crítica para melhoramento, mas um ataque. E as pessoas quando escutam uma observação que as pode ajudar adoptam uma postura de ataque, agindo como aqueles dois macaquinhos que tapam os olhos e os ouvidos, mas nunca a boca. E mais valia fazerem o contrário. Calar, escutar e ver. Reflectir e ponderar.

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    3. Este tipo de pessoas são aquele tipo de pessoas que, mesmo sendo confrontados com a realidade, arranjam sempre desculpas para as coisas. Por norma dizem "eu quero seguir o caminho da investigação" como se seguir investigação significasse que já não precisam de ter tacto.

      Eu sou a favor da frontalidade e do diálogo directo mas acho que devemos ter muito cuidado com as pessoas manipuladores que são capazes de distorcer tudo e nos deixar muito mal vistos à conta de tentarmos resolver as coisas directamente.

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