Gosto do natal. Gosto especialmente da época pré-natal em que vamos repescar as tralhas antigas ao sótão, aquelas que têm décadas de uso, que tem marcas da vida e das épocas partilhadas; quando preparamos os enfeites e nos juntamos em família para enfeitar a árvore; quando vamos apanhar musgo nos bosques e, depois, nos juntámos para preparar o presépio (que tem que incluir sempre um riacho a correr).
Adorava quando acendíamos as velas do Adventskranz e começávamos a sentir que o natal estava a chegar, tudo girava em torno da preparação, da partilha, da expectativa.
Eu adorava os docinhos, as mandarinas, as bolachinhas de gengibre e canela que nos eram dadas pelo "Pai Natal" e o "Schmutzli". No fundo, até do medo inerente a esta última figura eu tenho saudades mas, no fundo, bem no fundo, eu sempre amarei mais esta época, a da ânsia e expectativa, do que o dia de natal em si.
Este fim-de-semana vou reviver (quase) todo o meu natal de infância...e já lhe sinto o gosto.
Sabe bem.
Sabe bem porque me sabe a infância e sabe bem porque estamos a criar novas tradições familiares.
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