domingo, 9 de março de 2014

Eu e as entrevistas de emprego

Na quinta-feira telefonaram-me quase ás 21h da noite a marcar uma entrevista de trabalho.

(fiquei eufórica e o marido lá me mandou um "ninguém fica tão feliz por ir trabalhar" - bem, eu fico!)

Fui lá na sexta-feira correu mesmo mesmo bem. Gostei da pessoa que me estava a entrevistar e acho que a empatia foi mútua.

A pessoa entrevistou-me, disse-me que quando me tinha chamado já tinha reparado que eu tinha o perfil que procurava e que, depois de me conhecer tinha a certeza que seria a pessoa ideal para o posto.

Então, felicidade e tal, certo??!
Errado.

Porque ela me diz o seguinte:

"A vaga é sua, ou melhor será sua, se a pessoa que o gerente conhece e decidiu chamar não quiser a vaga"

(ó coisa maravilhosa isto das cunhas, não é?!)

Pois que a pessoa quis a vaga, a pessoa que me recrutou telefonou-me, pediu desculpas por me ter chamado à entrevista quando afinal foram chamar outra pessoa depois, disse que queira que eu ficasse com o trabalho mas que não mandava, quem decidia era a gerência e que, caso abra outra vaga me chama porque gostou mesmo de mim.


Pronto e eu ando a remoer nisto desde então. Estou com imensa raiva! Afinal não interessa a competência, não interessa procurar trabalho, não interessa a proactividade para nada. NADA. O que interessa mesmo é ter os amigos certos.
By the way... também soube que o trabalho que "perdi" mesmo após estar supostamente contratada (só faltava assinar contrato) também não foi para mim pelos mesmos motivos (as cunhas de algumas pessoas são fantásticas). Só gostava de saber se essas cunhas entram porque são boas no trabalho ou se é mesmo só pelo favor e se nem sabem o que fazem...

Enfim.

4 comentários:

  1. Isso assusta-me muito, apesar de ser péssima em entrevistas, não tenho cunhas. Acho que invés de uma licenciatura ou o mestrado devia era ter apostado o meu tempo e o meu dinheiro em cunhas é que infelizmente este Portuagl funciona muito com o factor "c".

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    1. Pois milka é mesmo isso... Sinto que andei estes anos todos a batalhar no sitio errado. Devia mesmo era andar a promover a minha rede social e arranjar umas boas cunhas. Qual competência, qual quê! O que interessa são os conhecimentos...

      A única coisa boa é que desta vez safei-me bem na entrevista, voltei ao meu antigo registo e não me deu brancas nem entrei "em parafuso"... Agora vou mantendo a esperança que abra mesmo uma vaga (e que não apareça ninguém com outra cunha).

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  2. Cada vez mais acredito que o sucesso depende tanto do trabalho como da sorte :S Triste mas verídico :(

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    1. Sue eu acredito que seja preciso sorte, só que sempre pensei que nós também fazia-mos a nossa sorte. Não estou em casa à espera de trabalho [apesar disso ter resultado para uma amiga minha ;) ], só que aqui, a meu ver é mais que sorte, é desrespeito mesmo. Pelo que percebi o gerente nem sabia se a pessoa era ou não indicada para o posto - simplesmente era alguém da sua esfera pessoal que precisava de trabalho. E é isso que revolta.
      Saber que alguém ficou com uma vaga porque é melhor que nós é bem mais fácil de aceitar, do que saber que as pessoas nos tiram as vagas pelos amigos que têm.

      Obrigada pela visita :)

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